quarta-feira, 14 de abril de 2021

O lírio de São José


Este lírio faz parte de uma tradição que vem de um dos Apócrifos, segundo o qual, o Sumo Sacerdote teria reunido os jovens de Jerusalém para saber qual deles seria o pai do Messias prometido. Cada um tinha um bastão de madeira; e a resposta de Deus seria dada pela flor que brotaria do bastão de um dos jovens, o que teria acontecido com o bastão de José. É uma bela tradição, mas a Igreja não tem condições de confirmá-la. O mais importante é que José foi de facto escolhido para ser o pai adotivo do Jesus Cristo.

O bordão florido de São José serve para explicitar duas realidades – uma graça e uma conquista.

 

1ª – Deus escolheu José.

O lírio florido foi um dom de Deus.

José foi escolhido por Deus para entrar no seu projeto de salvação (o bordão do escolhido devia florir para manifestar a escolha divina.

 

2ª – José conservou o lírio da pureza.

Foi uma conquista ou compromisso de José.

O lírio que segura na mão mostra que José foi fiel a esse compromisso. Assim nós proclamamo-lo como “castíssimo esposo da Virgem Maria”.

 

A nossa vocação ou a nossa missão na Igreja e no mundo é sempre um dom de Deus e ao mesmo tempo uma conquista, uma graça e uma conquista.

Ao olharmos para o bordão florido de São José peçamos-lhe ajuda para acolhermos a missão que Deus nos dá e a graça de sermos fiéis aos nossos compromissos.

 

Fundamentação bíblica

A origem do bastão florido é bíblica, está ligada à eleição de Aarão para o serviço do tabernáculo (Nn 17, 16-26). O bastão é símbolo de autoridade, é um instrumento para exprimir a escolha de Deus. Com o florescimento do próprio bastão, Aarão foi divinamente eleito para o serviço do Santuário.

“O Senhor disse a Moisés: Fala aos filhos de Israel e toma deles uma vara, uma vara por casa patriarcal, de todos os seus príncipes, pelas suas casas patriarcais: doze varas. Escreverás o nome de cada um na sua vara. Escreverás o nome de Aarão na vara de Levi, porque só haverá uma vara para cada chefe de casa patriarcal. Depositá-las-ás na tenda da reunião. Florescerá, então, a vara do homem que eu escolher… Moisés depositou as varas diante do Senhor na tenda do testemunho. Aconteceu no dia seguinte que, voltando Moisés à tenda do testemunho, eis que tinha florido a vara de Aarão, da vasa de Levi: germinara um botão, desabrochara em flores e fizera amadurecer amêndoas. Moisés mandou retirar de diante do Senhor todas as varas para diante de todos os filhos de Israel que as viram e cada um tomou a sua. Disse o Senhor a Moisés: tona a trazer a vara de Aarão diante do testemunho como guarda e sinal para os rebeldes, e poderás fazer cessar as suas murmurações contra mim…”





 

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