Memória – Santo Anjo da Guarda de Portugal
Faz hoje
440 anos que faleceu em Lisboa, no esquecimento e na miséria, durante a
ocupação filipina, Luís Vaz de Camões, com 56 anos de idade (1524-1580).
É o maior
poeta dos portugueses
E o mais
português dos poetas.
Neste dia
de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas podemos rezar com os
poetas.
Na Liturgia
das Horas (ou Breviário) rezamos um hino de autoria de Camões. Faz parte da liturgia de Nossa Senhora das Dores a 15 de setembro e foi retirado da
Elegia X:
Tu,
Virgem pura, santa, Avé Maria,
Cheia de
graça, Esposa, Filha e Madre,
Mais
formosa que o sol ao meio dia,
Que vás
buscando ao Esposo, Filho e Padre,
Qual
cordeira perdida da manada,
Sem guarda
de pastor nem cão que ladre;
Vai,
Rainha dos Anjos mui amada,
E preciosa
pedra adamantina,
De perfeições
e graças esmaltada;
Vai,
estrela do mar; vai, luz divina,
Escolhida
do Céu; vai, cordeirinha,
Branca
açucena e roa matutina;
Vai,
caminho da glória, vai, pombinha
Branca
sem fel; bendita entre as mulheres;
Vai, Mãe
da Lei da graça, vai asinha;
Vai ao
monte Calvário, se ver queres
Ao teu
precioso Filho antes de morto,
Desconsolada
vai; vai, não esperes!
Ao qual
acharás bem sem conforto,
Posto na
Cruz, por partes mil chagado,
Por nos
dar sossegado e manso porto.
Com outro poeta também rezamos hoje. É de Gil Vicente (1465-1536) o hino do Ofício de Leitura da memória de hoje. A Liturgia das Horas em Português tem 7 hinos deste poeta e dramaturgo.
Anjo que
sois da minha guarda,
Olhai por
minha fraqueza
Terreal!
De toda a
parte haja resguarda,
Que não
arda
A minha
preciosa riqueza
Principal.
Cercai-me
sempre ao redor,
Porque vou
mui temerosa
Da contenda,
Ó
precioso defensor,
Meu
favor!
Vossa
espada luminosa
Me
defenda.
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