Como
vela a consumir-se até ao fim
Na
festa do Evangelista São João referi que, segundo parece, ele teria sido o
único Apóstolo que não morreu martirizado, mas de morte natural após uma longa
velhice.
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Então os outros apóstolos tiveram mais méritos do que ele.
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Nem por isso! Aos olhos de Deus todos são iguais… Mas eu acho que a sua morte
foi tão digna, tão generosa, tão eloquente como a morte violenta e provocada do
restante colégio apostólico. Ele entregou a sua vida consumindo-se até ao fim
como uma vela acesa. Entregou-se totalmente, esgotou a vida nas mãos de Deus. O
seu martírio foi entregar até ao fim….
Já
por várias vezes alguém me veio pedir para retirar as flores do altar que já
estavam a ficar velhas e a perder pétalas… Ou então que substituísse as velas
que já estavam tão curtas como um dedal.
A
minha resposta foi negativa, pois era uma lição para mim: as flores serviam o
altar até ao último momento… e as velas consumiam-se totalmente até ao fim…
Tal
deve ser também a nossa vida.
É
este o martírio ou a consagração total da esmagadora maioria dos generosos
seguidores de Cristo – consumir-se até ao final na serenidade e dignidade ou
enfeitar o altar do Senhor com todas as forças, quer nos momentos mais viçosos
quer na maturidade ou ocaso da vida.
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