domingo, 3 de junho de 2012

O nome de Deus

Ao celebrarmos a solenidade da Santíssima Trindade, duas reflexões podemos partilhar:

1. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Neste dia eu costumo perguntar às pessoas com quem celebro a eucaristia:
- Quem é capaz de dizer o nome que os muçulmanos chamam a Deus.
A resposta é geral e imediata. Toda a gente diz acertadamente:
- Alá!
- Muito bem. E os hebreus que nome dão ao seu Deus?
Aqui a resposta é dada apenas por alguns:
- Javhé!
- Está bem! E nós cristãos, que nome chamamos a Deus?
As pessoas ficam a hesitar e a olhar umas para as outras.
- Então vós sabeis o nome que os outros chamam a Deus e não sois capazes de vos lembrar do nome do VOSSO DEUS?
E começam a dizer... Senhor, ... Pai... Cristo.... Deus....
- Então como é que começámos a nossa celebração? Dizendo o quê?
E toda a gente diz:
- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Às vezes nós esquecemos o nome do nosso Deus, mesmo se várias vezes ao dia o repitamos, ao acordarmos, ao iniciarmos ou terminarmos uma refeição,ao comerçarmos a rezar, ao recebermos uma bênção, ao parssarmos junto de um Templo ou ao entrarmos numa igreja - sempre dizemos que acreditamos no Deus que tem o nome de Pai Filho e Espírito Santo. Não passamos como qualquer transeunte, mas como alguém baptizado, crente na Santíssima Trindade.
O nosso Deus tem um nome, o nosso Deus é comunhão, é trino, é comunicação, é relação, é família. Deus é uma comunidade de amor.
E nós somos feitos à sua imagem e semelhança: temos vocação trinitária, feitos para viver em comunhão, em família, em relação, em comundade de amor.

2. Três portas
Um amigo meu, missionário em Madagáscar, contou-me o seguinte episódio.
Uma vez ao falar da Santíssima Trindade, comparou este mistério a três portas que dão acesso a Deus. O amor de Deus pode chegar até nós através da porta do Pai, ou da porta do Filho Jesus ou da porta do Espírito Santo. É o mesmo Deus, a mesma fonte, o mesmo amor que chega até nós.
Para envolver ainda mais os seus ouvintes pediu-lhes que escolhessem qual das três portas ou três pessoas da Santíssima Trindade gostavam mais. A pergunta era ousada, pois não se pode separar o que é uno. E explicou melhor:
- Qual destes três amores vos é mais sensível? Ou então qual destas três portas usam mais?
Todos ficaram uns momentos em silèncio até que um dos ouvintes perguntou:
- Dos três, qual foi o que o enviou até aqui? Quem foi o responsável por Mon Pére ser o nosso missionário?
O Padre respondeu, sem saber bem:
- O Espírito Santo!
- Então é desse que nós gostamos mais.
De facto, amigo do meu amigo, meu amigo é. Gostavam tanto do missionário que só podiam gostar mais de quem o fizera chegar até eles.
Também nós podemos perguntar - qual das três portas estou a usar mais? A porta do amor de Deus Pai criador? A porta do Jesus Nosso Irmão redentor? ou a porta do Espirito Santo animador, defensor e nosso santificador?

A linguagem, pode não se a mais indicada, mas o amor de Deus, Uno e Trino, é maior do que qualquer palavra ou comparação.

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