Nasceu
em 1506, como ultimo rebento de uma nobre família no castelo de Xavier em
Navarra.
Dedicou-se
ao estudo de filosofia em Paris mas foi conquistado por Santo Inácio de Loiola.
Quando
um de dois missionários destinados para a índia adoeceu gravemente, e como
urgisse a partida, deu-se-lhe um substituto em Francisco Xavier que aceitou com
prazer a incumbência.
Depois
de cinco meses de mar, invernou a nau em Moçambique. Passados seis meses na
Ilha de Moçambique, continuou Francisco Xavier em outra nau e chegou a Goa no
princípio de Maio de 1542. Percorreu quase toda a índia e partiu para o Japão
em 1549 onde esteve dois anos tendo convertido o rei de Bungo.
Em
1552 foi a Malaca e de lá para a Ilha Sanchão, que está em frente de Cantão,
pretendendo daí penetrar no império da China. Morreu de esgotamento na noite de
2 para 3 de Dezembro de 1552, na idade de apenas 46 anos.
Método missionário de Francisco Xavier:
-
Estudar as condições do trabalho no próprio lugar da acção.
-
Francisco Xavier é o típico missionário ambulante, que não se demora muito em
nenhum lugar.
-
Tratava de ganhar antes de tudo as classes dirigentes, influência vertical.
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Investimento na redacção de orações e catecismos nas línguas indígenas para dar
aos indígenas as verdades da fé na sua própria língua materna.
-
Fornecer a gente necessária aos trabalhos missionários. Embora pouco se
demorasse nas novas fundações, nunca deixava de provê-las de agentes
missionários, novos missionários ou auxiliares leigos.
-
Tolerância canónica: Baptizava depois de pouquíssima preparação e sem
cerimónias. A catequese posterior ao baptismo deveria completar o que faltara
antes. Aos casados legitimava o matrimónio logo depois do baptismo. Se algum
missionário se desalentava com as faltas dos novos cristãos, consolava-o, que
tivesse paciência, que os filhos seriam melhores. E assim foi com efeito.
Estes
são alguns traços relevantes da pedagogia missionária de Francisco Xavier. Mas
esta teoria sem a prática pouco teria valido. Os grandes frutos de Francisco
Xavier deve-se sobretudo ao seu grande exemplo de vida santa, que deu a todos
e que o velou à honra dos altares.
(José
Wickl SJ, Brotéria, Vol LV, Julho 1952, Fasc 1, página 5ss)
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