Ano C - XXXII Domingo Comum
Estava eu a falar aos meus alunos sobre a vida de santidade que consistia em fazer a vontade de Deus. Para concluir, pedi a alguém que me explicasse o que se devia fazer, em primeiro lugar, para ir para o céu. Querendo apenas brincar, ou fazer-se engraçado perante os colegas. Respondeu:
- Para ir para o céu, em primeiro lugar é preciso morrer!
Ele pensava que estava a gozar. Mas fiz-lhe ver que tinha toda a razão. É preciso morrer todos os dias, cortar com muita coisa. Ninguém pode ver a Deus e viver. Tem de morrer para si mesmo, aceitar a morte dos seus projectos, ideias etc. É preciso morrer para ser criaturas novas. Só viverá quem souber morrer.
Ao olhar à nossa volta, chegamos à conclusão que todos passam pela morte, isto é, todos vivem para morrer. Mas, quem tem fé, não vive apenas para morrer mas morre para viver. Só morrendo pode entrar na plenitude da vida.
Não há cristianismo sem ressurreição e não há vitória se não houver batalha.
A morte futura já a vivemos hoje, quando dizemos não a muita coisa, nas renúncias, opções etc. Do mesmo modo a ressurreição futura já a vivemos agora, contida em limites, que detêm o seu esplendor e plenitude. Na esperança já somos ressuscitados.
Em tudo o que vivemos e fazemos há um germe de morte e de ressurreição.
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