Tenho orgulho dos confrades dehonianas cuja memória do seu martírio hoje celebramos.
Mas tenho igual orgulho de tantos confrades que ainda hoje, não sendo perseguidos, torturados ou mortos, são autênticos MÁRTIRES dos nossos dias: São todos aqueles que hoje são alvo de chacota, de gozo, de paródia, de ironias e de brincadeiras por causa da sua fé, dos seus valores ou do seu estilo de vida.
O Pe. Dehon continua a inspirar, continua a ser missionário e mártir através dos seus confrades martirizados ontem ou hoje como, muito inspiradamente escreveu:
"Desejei desde a minha juventude ser missionário e mártir: missionário, sou pelos meus mais de cem padres nos quatro cantos do mundo; mártir, eu fui pelas grandes cruzes de 1878-1884, até ao Consummatum est. Nosso Senhor tinha aceite o meu voto de vítima de 28 de Junho de 1878." (Carta à Madre Maria Inácia, 08/12/1924, Inv. 231.64, AD: B19/2.1)
"Vós tereis a palma do martírio pelo vosso voto de vítima e por todas as cruzes levadas por amor de Coração de Jesus." (Carta à Madre Maria Inácia, 23/12/1924, Inv. 231.65, AD: B19/2.1)
Hoje, sobretudo, quero reconhecer no Pe. Dehon um autêntico mártir, cujo martírio ainda está a ser consumado, através da imcompreensão, perseguição e vitimização de que é alvo no contra-processo de beatificação ou nos obstáculos levantados por forças alheias que ditaram o adiamento sine die da sua beatificação. Apesar de confirmado a nível pontifície e através do reconhecimento do milagre, o Pe. Dehon ainda não pode ser invocado BEATO! O seu martírio continua...nos nossos dias.
Sem comentários:
Enviar um comentário