sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Jus ao seu nome


Festa de São Lourenço, Diácono e Mártir da igreja de Roma no século III.

O seu nome vem de Laurus que em português deu louro ou loureiro.
Os romanos e os gregos costumavam coroar os seus vencedores com coroa de louros.
São Lourenço, como o seu próprio nome indica, foi coroado com os louros da vitória, não pelos homens, mas por Deus.
Nós também, a seu exemplo, podemos ser vitoriosos ou vencedores, coroados pelos louros de Deus.
Tanto mais que vivemos numa terra onde a floresta natural é a Laurissilva, a floresta composta por espécimes de loureiros ou lauráceas… (própria ou endémica da Macaronésia ou Ilhas Afortunadas –  Arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde).

Já que Lourenço fez jus ao seu nome, sendo coroado com os Louros de Deus, saibamos nós também fazer jus à nossa floresta sendo coroados pelos mesmos louros como vitoriosos aos olhos de Deus.  

















A riqueza da Igreja, segundo o Diácono Lourenço…
Ainda hoje os tesouros da igreja são os pobres, os simples, os humildes, porque partilhamos com eles o que temos e porque eles ajudam-nos a sermos melhores. 

Hoje, mais do que nunca, precisamos desta lição de São Lourenço.
Os refugiados, os mendigos, os desalojados, os fugitivos da guerra não são uma ameaça para nós… são um tesouro, uma oportunidade para nós sermos mais humanos e mais divinos…   

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A verdade e o amor



















Festa da Padroeira da Europa, Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein, de origem judia, filósofa, religiosa Carmelita, morta nas câmaras de gaz em Auschwitz em 1942).

A verdade do amor
e o amor da verdade

“Não aceites nada como verdade que esteja privado do amor.
E não aceites nada como amor que esteja privado da verdade.
Um sem a outra torna-se uma mentira destrutiva” (Edith Stein).

Não há verdade sem amor
E não há amor sem verdade.


terça-feira, 7 de agosto de 2018

Sobre as águas


3ª feira – XVIII semana comum

Jesus mandou Pedro andar sobre as águas e depois repreendeu-o.
Porquê?
Não porque quis andar sobre as águas, mas porque não ficou firme no seu propósito até ao fim, mas duvidou.
Viu-se afundar porquê?
Não porque o vento soprou mais forte.
Não porque as ondas ficaram mais agitadas.
O vento não mudou, o mar não mudou, Jesus não mudou, só Pedro é que mudou, isto e, duvidou….
Mesmo que ao nosso redor tudo seja adverso, a nossa fé e confiança não pode ser alterada. É preciso mantermo-nos firmes.
Se estamos num dia ruim, se tudo está a ser difícil para nós, aguentemos firmes.
Não comecemos a desistir e nem desistamos de começar.
Confiemos em Jesus e caminhemos com ele sobre as águas.


























Pedro andou sobre as águas para mostrar a si mesmo:
- que para ir até Jesus era capaz de tudo fazer, até mesmo andar sobre as águas.
- que para ele era mais fácil andar sobre as águas do que ficar no barco sem Jesus.
- que as ordens de Jesus são imperativos.
- que quando a situação exige nada é impossível.
- que como discípulo seguia o seu mestre até mesmo acompanhando-o sobre as águas.
- que quem obedece nunca se afunda.

Para nós também andarmos sobre as águas é preciso:
- Estar no meio de uma tempestade (dias ou noites ruins)
- Fixar Jesus como meta ou destino (pôr os olhos nele)
- Ter a coragem de sair do barco (do cómodo da sua vida)
- Calcar os problemas com os pés (ser mais forte que os obstáculos)
- Nunca desistir (manter-se firme e constante)
- Confiar na mão divina estendida para nós (afinal andar sobre as águas é andar nas mãos de Deus)




segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Escutar, seguir e compreender


Festa da Transfiguração do Senhor

A)
O episódio da Transfiguração do Senhor, segundo a nossa lógica, parece querer valorizar o ver (contemplar) e o falar (narrar). Mas na lógica de Deus a ênfase está no ouvir (escutar) e no seguir (acompanhar)
De facto não podemos olhar diretamente para a luz… nem podemos descrever o mistério, pois as nossas palavras ficariam sempre aquém.
Podemos sim escutar o que Ele nos diz.
Podemos acompanhá-lo quer nas subidas, quer nas descidas da nossa vida, quer no caminho da cruz e no caminho da glória.
É bom estar aqui e contemplar (3 tendas de estacionamento), mas é melhor seguir, descer, prosseguir a caminhada.

B)
Não sei se a Transfiguração ocorre 40 dias antes da festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro) ou se esta ocorre 40 dias depois da Festa da Transfiguração.
Só sei que 40 dias é o número simbólico da escola de um mestre, pois não precisava nem de mais nem de menos tempo para instruir perfeitamente um seu discípulo.
Assim desde a Transfiguração até à Exaltação da Santa Cruz, Jesus foi formando os seus discípulos quanto ao Escândalo da Cruz… que tinha de sofrer, de ser morto, mas que havia de ressuscitar 3 dias depois.

Este é o tempo de formação, de escuta e de seguimento…



domingo, 5 de agosto de 2018

Os velhos da Igreja


Ano B – XVIII domingo comum

Da 2ª leitura:
“Pôr de parte o homem velho… 
e revestir-se do homem novo.” (Ef 4, 22-24)

A igreja está cheia de velhos, não por causa dos anos que já contam, mas por causa dos sintomas que apresentam.
Estamos a falar não dos cristãos com mais idade, mas daqueles que na sua vida cristã têm as características marcantes da velhice, ainda que sejam novos em idade.

- Velhos porque têm problemas nas pernas
Apesar de tenra idade não têm pernas ou forças suficientes para caminhar até à igreja. Ou então têm problemas de joelhos porque não conseguem ajoelhar e rezar com humildade e reverência diante de Deus.

- Velhos porque têm problemas na visão
Apesar de jovens não conseguem ver o valor das coisas de Deus. Só conseguem ver o mal… Veem o bem diminuído e o mal aumentado, mas só por causa dos seus olhos. De facto só têm olhos para o que lhes interessa.

- Velhos porque têm problemas de surdez
Por mais sermões que oiçam ou conselhos que recebem não ouvem nada, Ou pensam que tudo isso é para os outros. São surdos à Palavra de Deus.

- Velhos porque têm problemas de memória
Independentemente da sua idade esquecem depressa os seus compromissos. Não guardam nada… não querem compreender as razões de Deus.

- Velhos porque têm problemas de mudança
Acham que já sabem tudo, que não vale a pena aprender ou mudar. Quem deve mudar, ou converter-se é a igreja e não esses cristãos.

Muitos outros sintomas podíamos identificar nestes velhos da igreja….
Só é velho na igreja quem se identificar com alguma situação destas, independentemente da sua idade.

Na minha comunidade parece que quem padecem mais destes males não são os seniores (os de cabelos brancos), mas os jovens.
Quem soma poucos anos é que tem problemas das pernas para não vir à missa ou ajoelhar e rezar. São os novos que têm problemas de visão para não verem o valor das coisas de Deus. São os jovens que têm problemas de audição, pois não ouvem nem seguem o que a igreja ensina e não querem ser diferentes de quem não tem fé…

Deus não chamou os cristãos para serem “velhos”!
Na igreja ninguém deve ser “velho”.
Se alguém achar que está a ser um velho na igreja deve renovar-se quanto antes.



sábado, 4 de agosto de 2018

O Santo do Confessionário


Memória de S. João Maria Vianney, o Cura de Ars, padroeiro dos párocos.

Três anos depois da sua ordenação, em 1818, João foi enviado para Ars, uma pequena aldeia no sudeste da França, que contava 230 habitantes. Ali, dedicou todas as suas energias ao cuidado pastoral dos fiéis: fundou o Instituto da "Providência" para acolher órfãos; visitava os enfermos e as famílias mais necessitadas; restaurou a igrejinha e organizou quermesses na festa do padroeiro.
Entretanto, o Santo Cura d’Ars destacou-se na sua missão de administrar o sacramento da Confissão: sempre pronto a ouvir e oferecer o perdão aos fiéis, passava até 16 horas por dia no confessionário. Diariamente, uma multidão de penitentes de todas as partes da França vinha confessar-se com ele, tanto que a cidadezinha de Ars ficou conhecida como o "grande hospital das almas". O próprio João Maria Vianney vigiava e jejuava para ajudar os fiéis a expiarem os pecados.
Certo dia, disse a um seu irmão: "Vou dizer-te qual é a minha receita: dou aos pecadores uma pequena penitência e o resto eu faço no lugar deles".





















Certo dia um paroquiano perguntou ao seu Pároco de Ars por que é que ele quando pregava falava muito alto, mas quando rezava falava tão baixo.
Com humildade o Pe. João Maria Vianney respondeu:
- Quando prego dirijo-me a pessoas aparentemente surdas ou adormecidas. Porém na oração falo a Deus que não é surdo.


sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Parábola do Carpinteiro


6ª feira – XVII semana comum

No Evangelho Jesus conta várias parábolas em que entram as mais diversas profissões. Assim temos pastor, pescador, negociante, agricultor, semeador, ceifeiro, vinhateiro, militar, guarda, juiz, administrador, contabilista, sacerdote, levita, viajante, estalajadeiro, construtor civil.
De carpinteiro não conheço nenhuma parábola de Jesus, e ele era conhecido como carpinteiro e filho do carpinteiro.
Porquê?
Acho que Jesus era ele mesmo uma parábola do carpinteiro em pessoa.
O ser chamado de carpinteiro foi a melhor metáfora desta profissão.
Ele não contou nenhuma parábola do carpinteiro porque ele foi o verdadeiro carpinteiro das parábolas.
Se Jesus não contou nenhuma parábola do carpinteiro, eu vou contá-la…

A parábola do carpinteiro 
ou o carpinteiro das parábolas
Dois irmãos moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho que passavam através de uma prancha. Um dia começou um pequeno mal-entendido entre os dois, que virou troca de palavras ríspidas e desembocou em dura discussão com mútuas acusações e violento virar de costas. A prancha foi por água abaixo e seguiram-se semanas de magoado silêncio e perturbada indiferença.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu bater à porta.
- Estou à procura de trabalho. Sou carpinteiro. Precisa de algum serviço que eu possa fazer?
- Sim, sim. Vem mesmo a calhar – respondeu o dono da casa – Vê aquela casa ali, do outro lado do riacho? É do meu irmão mais novo. Nós brigámos, desentendemo-nos e não nos podemos ver. Com a madeira que tenho neste celeiro quero que construa uma cerca bem alta…
- Entendo a situação – respondeu o carpinteiro – Fique sossegado. Deixo o trabalho comigo.
E o dono da obra foi até à cidade.
Quando regressou, não acreditou no que viu. Em vez de uma cerca, foi construída uma ponte ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido.
- Está a gozar comigo?! Não lhe pagarei nada. Como foi atrevido a construir essa ponte depois de tudo o que lhe contei?
Ainda falava quando reparou que o seu irmão mais novo vinha a atravessar a ponte e lhe dizia:
- Realmente foste um irmão muito amigo construindo esta ponte mesmo depois da minha violência…
De repente, o mais velho correu na mesma direção e abraçaram-se no meio da ponte.
O carpinteiro pegou então na sua caixa de ferramentas para ir embora.
- Oh, por favor, espere. Vamos ter outros serviços para si…
E o carpinteiro respondeu:
- Eu bem gostava, mas tenho outras pontes para construir…

Hoje eu quero pedir a Jesus carpinteiro duas coisas:
1º quero que ele venha à minha casa, à minha vida refazer algumas pontes e derrubar alguns muros…
2ª quero que ele me empreste a sua caixa de ferramentas para eu também fazer uns serviços:
O martelo, não para fazer barulho, mas para ajudar a aprofundar em mim a Palavra de Deus.
Os pregos, não para picar alguém, mas para me unir melhor aos meus irmãos.
O serrote, não para mostrar os dentes destruidores, mas para cortar tudo o que está a mais para me libertar.
A lixa, não para ser áspero com alguém, mas para suavizar e aperfeiçoar a minha vida.
Ámen.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Pesca evangélica


5ª feira – XVII semana comum























Foto de fonte desconhecida

A)
Quem é quem na parábola da rede lançada ao mar

A Rede é o Evangelho
Lançar a rede é pregar o evangelho
Os Pescadores são os mensageiros enviados
O Mar é o mundo onde vivemos
Os Peixes são toda a humanidade
O Peixe bom são os convertidos
O Peixe ruim são os hipócritas
A Praia é o juízo de Deus
Conclusão: o Evangelho chega a toda a gente, sem discriminação nem violência… só quem não cresceu é que é afastado, talvez para ter outra oportunidade de crescer.


B)
Pescado na Net

Adapto livremente um testemunho de Celso Makoto postado em www.pescaki:
O que mais vejo é jogadores de futebol marcando golos e agradecendo com um sinal da cruz, rezando ou apontando para o céu em ação de graças e de agradecimento a Deus.
Mas pescador agradecendo e orando a cada peixe pescado, nunca tinha visto nem ouvido contar.
Mas aconteceu nestes dias quando fui pescar.
Ao meu lado estava um rapazinho que a cada peixe que pescava punha-se a gritar:
- Obrigado meu Deus… Obrigado meu Senhor! Aleluia, aleluia! - e olhava para o céu de braços abertos.
Na primeira vez pensei que o rapaz estava a brincar ou a gozar comigo, que nada pescava… Mas depois vi que era mesmo a sério. O rapaz era mesmo devoto sincero.
E nesse dia, para além desta lição, não pesquei grande coisa… mas a pescaria daquele rapazinho foi bem abençoada!


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

De mão beijada e calejada


4ª feira – XVII semana comum

Parábolas do Tesouro escondido e da Pérola de grande valor.
A palavra tesouro faz-me lembrar algo que nos é dado de mão beijada.
Mas não é bem assim…
Há muitas parábolas que explicitam a dupla dimensão: de mão beijada e ao mesmo tempo de mão calejada.



















A história do tesouro do Rabi Eisik, filho do Rabi Jekel de Cracóvia, contada pelo filósofo Martin Buber (1878-1965).
“Depois de anos e anos de dura miséria que, no entanto, não tinham beliscado a sua confiança em Deus, Eisik teve em sonhos a ordem de ir a Praga buscar um tesouro que estava enterrado debaixo da ponte do palácio real. Como o sonho se repetiu por três vezes, pôs-se a caminho e andou, andou, andou até que chegou a Praga.
Mas a ponte era vigiada dia e noite pelas sentinelas que guardavam o palácio… E Eisik não teve coragem de escavar no local indicado. Todavia, voltava à ponte todas as manhãs e ficava ali às voltas até ao entardecer. Um dia, o capitão da guarda, que tinha notado as suas idas e voltas, aproximou-se e perguntou-lhe simpaticamente se tinha perdido alguma coisa ou se estava à espera de alguém.
Eisik contou-lhe então o sonho que o tinha trazido da sua longínqua terra até ali. E o capitão desatou a rir:
- E tu, pobre homem, por dar crédito a um sonho vieste a pé até aqui? Ah, ah, ah! Estás arrumado se te fias em sonhos! Se fosse assim, eu havia de me ter metido a caminho para obedecer a um sonho e ir até Cracóvia, a casa de um judeu, um tal Eisik, filho de Jekel, à procura de um tesouro que está enterrado debaixo do fogão de sua casa. Eisik, filho de Jekel! Deves estar a brincar! Estou a ver-me a entrar e a vasculhar em todas as casas de uma cidade em que metade dos judeus se chamam Eisik e a outra metade Jekel?! E riu-se novamente.
Eisik agradeceu, saudou-o, voltou para a sua terra e, na sua casa, escavou debaixo do fogão e desenterrou o tesouro com que construiu a sinagoga chamada “Escola do Rabi Eisik, filho do Rabi Jekel”.

O tesouro escondido é um presente, mas também trabalho. É oferta, mas também esforço. É doação, mas também transpiração. É graça, mas também conquista.
É preciso ter o trabalho de procurar. E depois chegamos à conclusão que sempre esteve bem perto de nós.
O verdadeiro tesouro é o que nos é dado na Eucaristia:
Bendito sejais, Senhor, pelo que Pão e pelo Vinho que recebemos da vossa bondade, frutos da vossa mão, da terra e do trabalho do homem…

Hoje quando quiser encontrar-me com Deus, terei o cuidado de O procurar bem perto de mim, ou melhor, dentro de mim…

Hoje quero rezar de mãos abertas para me lembrar de que tudo o que recebo é de mão beijada, mas também de mão calejada.

Hoje, ao comungar, receberei o Tesouro da Eucaristia numa mão (dom) e tomarei com a outra mão (esforço).




terça-feira, 31 de julho de 2018

O Sol e o Vento


3ª feira – XVII semana comum

Os Justos brilharão como o sol no reino do seu Pai.

- Porque o sol não diz nada, brilha
- Porque o sol está no alto, bem perto de Deus
- Porque o sol não faz distinção de pessoas
- Porque o sol contagia todos e tudo
- Porque o sol faz as pessoas mudarem de atitudes.

O Vento e o Sol fizeram uma aposta para ver qual deles fazia um homem tirar o casaco mais depressa.
O vento pensava que era ele a ganhar a aposta pois soprava com força. Quanto mais soprava mais o homem agarrava o seu casaco.
O Sol apenas incidiu os seus raios sobre o homem, logo despiu o casaco.
De facto, o sol como os justos fazem com que os outros mudem depressa…



Humilde, obediente e alegre


Memória de Santo Inácio de Loiola (1491-1522)

Quando um noviço vinha pôr-se de joelhos diante de Pe. Inácio, para lhe pedir perdão e penitência, o santo concedia um e imponha a outra, e, depois de algumas palavras, terminava dizendo:
- Levanta-te.
Se o noviço não se levantava imediatamente, o Pe. Inácio deixava-o de joelhos e saía, dizendo:
- A humildade não tem mérito quando é contrária à obediência.
Outro jovem noviço, Francisco, dum caráter muito alegre, ria francamente e a propósito de tudo. A sua fisionomia aberta, a sua aparência sempre satisfeita, davam-lhe o ar de rir interiormente das suas próprias ideias. O Pe. Inácio encontrou-o um dia, sempre sorrindo, e diz-lhe:
- Irmão Francisco, diz-se por aí que estás sempre a rir. É verdade?
O noviço baixou os olhos e mesmo a sorrir esperava uma severa repreensão.
- Está bem – acrescentou Santo Inácio – ri e regozija-te no Senhor, meu filho. Um bom religioso não deve ter razões nenhumas para estar triste, mas deve ter muitas para estar alegre e contente… Para que sejas sempre alegre como hoje estás, deves continuar sempre humilde e sempre obediente.




segunda-feira, 30 de julho de 2018

Receita para mudar o mundo


2ª feira – XVII semana comum

















Quem é quem na parábola do fermento

O reino dos Céus – O projeto divino.
Mulher que amassa – As mãos de Deus que cuida de nós, que nos dá vida e que nos prepara para a vida e nos ajuda a crescer.
Fermento – A igreja que é chamada a envolver-se no mundo para o transformar. Irmãos que devem ajudar os outros irmãos a crescer.
Farinha – A humanidade que deve ser divinizada.
Misturar as 3 medidas – A lei, os profetas e os Evangelhos.
Aguardar – Paciente espera, tempo de testemunho e de aperfeiçoamento.
Até ficar tudo levedado – Última vinda do Senhor, quando Cristo for tudo em todos.
Conclusão:
Gente bem pequena
nos lugares mais pequenos,
fazendo coisas pequenas,
pode mudar o mundo.

É o fermento que age sobre a farinha e não a farinha sobre o fermento.
É o cristão que deve contagiar o mundo e não o mundo a contagiar o cristão.
"Não é de uma igreja mais humana que temos necessidade, mas antes uma igreja mais divina. Só assim a igreja será verdadeiramente humana" (Bento XVI).
Não esperemos que o futuro nos molde.
Procuremos antes modelar o mundo.