6ª
feira – XXX semana comum
Sem
querer fugir à polémica do legalismo da observância do dia de sábado, acho que
Jesus nos dá outra lição, não através das suas palavras, mas da sua ação ou
exemplo. Aliás o evangelista refere que todos estavam a observá-lo. Ele ensina
o que vive e vive o que ensina.
Jesus, num dia de sábado, viu um hidrópico e aproximou-se dele, começou a falar, tomou o homem pela mão,
curou-o e mandou-o em paz.
Vejo
assim Jesus a tomar a iniciativa, a antecipar-se e a responder antes de alguém
lhe questionar.
Jesus
é sempre o primeiro, não a atacar, mas a curar.
O
primeiro, não a criticar, mas a valorizar.
O
primeiro, não a exigir, mas a servir.
De
facto, Jesus é sempre o primeiro a tomar a iniciativa.
E
não podia ser de outra maneira.
Porquê?
Porque
o amor é sempre criativo.
O
amor faz as coisas acontecer, antecipa-se, toma sempre a iniciativa.
Às vezes
queixamo-nos que a nossa vida no trabalho, na família, na paróquia ou noutra
comunidade é sempre a mesma coisa.
É
a mesmice e chatice de todos os dias.
Pensando
bem, se nós achamos isso é porque falta-nos amor ou gosto pelo que fazemos e
somos, ou por onde estamos ou com quem vivemos.
O
amor é sempre criativo, arranja sempre novas surpresas, novas descobertas. E
não está à espera que os outros façam algo, mas antecipa-se, toma a iniciativa, antecipa-se cria sempre gestos novos.
Mais
do que uma lição de como refutar o legalismo ou de vencer a hidropisia espiritual
(a acumulação do ego, ou enfatuamento, orgulho ou vaidade) quero hoje aprender a ter espírito de
iniciativa, porque o amor é sempre criativo e sempre novo.
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