Festa de Santo
André, Apóstolo
Ele foi a ponte, o
mediador ou o intermediário entre o seu irmão Simão e Jesus, entre o rapazinho
dos 5 pães e Jesus e ainda entre os gregos que queriam ver o seu Mestre e
Jesus.
Mas a sua
verdadeira e derradeira ponte foi a sua cruz.
Toda a cruz é uma
ponte.
Há quem diga que a
cruz é uma escada que nos leva ao céu.
Ou então é o altar da nossa imolação.
Nesta festa de
Santo André contemplamos a sua cruz como uma verdadeira ponte, pois ele morreu como sempre viveu – como ponte, unindo os homens a Deus e Deus aos homens.
A sua cruz foi assim a sua verdadeira ponte com a qual se uniu ao seu Mestre e Senhor, o homem a Deus, a terra ao céu.
Certa vez um homem
sonhou que era visitado por um anjo do Senhor que lhe disse:
- Vim trazer a tua
cruz para que possas carregá-la na tua jornada.
Ele pegou a cruz e
seguiu.
Quando ele já
estava bem adiante na sua jornada, encontrou um homem que lhe disse:
- Como vais, tudo
bem? O que estás a fazer com esta cruz? Estás maluco? Ela deve ser muito
pesada.
E o outro
respondeu:
- Não estou maluco
não, cada um deve carregar a sua cruz. Mas esta realmente é pesada.
- Então por que
não cortas um pedaço do pé da cruz? Vai ficar mais leve.
- Eu não posso
fazer isso, esta é a minha cruz, eu tenho que carregá-la.
- Que tolice! Corta
só um pedacinho, ninguém vai saber. Assim vai ficar mais leve para carregares.
E o homem convenceu-o
a cortar um pedaço.
- Viste, não ficou
mais leve?
- Sim, tinhas
razão, só um pouco não vai fazer mal.
E ele continuou
seguindo sua jornada.
Um bocado mais à
frente na sua longa caminhada eis que ele encontra novamente o mesmo homem.
- Como vais? Continuas
carregando isso aí? Pensei que tinhas aprendido a aliviar o peso da cruz.
- Sim, continuo
carregando a minha cruz.
- Mas ela deve
estar muito pesada. Por que não cortas mais um pouco? Vai ficar mais leve.
Experimenta.
- Sim, pode ser, ninguém
deu por nada da outra vez.
- Vamos cortar. Só
que vamos cortar um pouco mais do que na outra vez para ela ficar bem mais leve.
Assim fez e depois
seguiu a sua jornada.
Muito tempo depois
ele avistou a cidade maravilhosa, cheia de ouro, pedras preciosas, prata. Era a
visão mais maravilhosa que ele já teve em toda a sua vida. Era tão iluminada
que não precisava do sol. Brilhava tanto...
Quando sem esperar
ele se depara com um abismo e ele não entendeu o porquê do abismo. E tamanho
era o desespero que ele começou a gritar e gritar e gritar:
- Socorro, ajudem-me,
quero atravessar, alguém por favor me ajude, quero entrar na cidade!!!
Cansado de tanto
gritar, ele viu do outro lado do abismo o anjo, aquele que lhe entregara a
cruz. E o anjo perguntou-lhe:
- O que estás a
fazer aí desse lado? Por que ainda não atravessaste?
- Como? Não vês o
abismo que nos separa?
- Sim vejo – respondeu
o anjo.
- Então, como é
que eu vou atravessar?
- Onde está a
ponte que eu te entreguei?
- Que ponte? Tu me
entregaste uma cruz e ela está aqui comigo.
E o anjo disse:
- Então coloca-a
no meio do abismo, porque o tamanho dela é exato para que possas atravessar.
Ao ouvir isto o
homem caiu de joelhos e começa a chorar.
E todos nós
sabemos porquê.
E foi então que
acordou do seu sonho.
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