quinta-feira, 24 de novembro de 2022

O fim dos nossos medos


5ª feira – XXXIV semana comum

As leituras deste últimos dias do ano litúrgico chegam até nós não para nos lembrar o fim dos tempos ou o fim do mundo, mas o fim dos nossos medos e o início da eternidade.

Foi feito um inquérito para concluir quais os medos mais frequentes ou mais comuns na humanidade.

Encontraram 3:

- Ui ui ui

- Ai ai ai

- Blablabla

 

Ui – medo da morte.

Ai – medo das doenças e do sofrimento

Blablabla – Medo de falar em público

 

Todos estes medos têm a ver com o fim do mundo, ou o fim do nosso mundo.

O fim do mundo será então o fim do medo.

O fim do medo da morte quando passarmos por ela, manifestar-se-á como um momento de paz e serenidade eterna.

O fim do medo de sofrer, o medo do castigo no momento do julgamento.

O fim do medo de falar em público, de nos defendermos das acusações, porque Deus é misericordioso.

 

O que nos espera não é o fim do mundo, mas o fim do medo.

Não é o fim dos tempos, mas o início da eternidade.

Não é o fim da terra, mas o início do céu.

Não é o fim do combate, mas o início da vitória.

Não é o fim da dor, mas o início da glória.

Não é o fim de tudo, mas o início do louvor eterno.

 

Ver também:

O exemplo dos forcados

Memória de santo André Dung-Lac, presbítero

e companheiros, mártires do Vietname.

 

Durante a perseguição de 1843 escreviam da prisão:

O cárcere é verdadeiramente uma imagem do fogo eterno. Aos cruéis suplícios de todo o género, como grilhões, algemas e ferros, juntam-se ódio, vingança, calúnias, palavrões, acusações, maldades, falsos testemunhos, maldições e, finalmente, angústia e tristeza. Mas Deus, como como outrora libertou-nos dessas tribulações, que se tornaram suaves, porque a sua misericórdia é eterna.

 

De facto, o que mais nos faz sofrer não é tanto a dor física ou os atentados corporais, mas as provocações morais, os insultos, a zombaria e a nossa exposição ao ridículo.

Como é que Deus nos livre desses males?

Deus liberta-nos desse sofrimento, não afastando isso de nós, mas dando-nos força, coragem e perseverança. Assim continuam a fazer-nos sofrer, mas a ajuda de Deus torna o sofrimento mais suave e fonte de alegria e de abandono nas suas mãos. Perante a perseguição só Deus conta.

A união com Deus suaviza o nosso sofrimento e martírio.

Outra maneira de minimizar a nossa própria dor é ajudar os que sofrem à nossa volta. Jesus fez isso.

 

Ver ainda:

Cristãos sem provas

 

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