Memória
de São Martinho de Tours
Bispo, 316-397
Capa de militar
A
capa dos oficiais militares era de cor vermelha indiciando ardor e coragem.
A cor vermelha tem a propriedade de ajudar a fortalecer o corpo trazendo mais
energia e vigor.
Capa de nobreza
Os
nobres vestiam-se de vermelho e passeavam solenemente num tapete vermelho. Era
sinal de sangue real, de fortuna e prosperidade. O vermelho é uma cor primária
e básica, isto é, não pode ser obtido da mistura de outras cores. É sinal de integridade
e pureza.
Capa da caridade
O
vermelho a cor dos frutos maduros, a cor do amor e da paixão porque é a cor
do coração. Martinho partilhou esse fruto maduro que é a sua generosidade e
caridade. Mais ainda, o vermelho é uma cor quente, que abafou o mendigo.
Capa de mártir
Mártir
é todo aquele que se dá a Deus e aos outros. Martinho foi mártir na globalidade
da sua vida como doação total a Deus e aos irmãos.
A
capa vermelha dos mártires acolhe ou esconde o sangue derramado nas batalhas e
combates por Deus.
Capa de bispo
Na
Flagelação colocaram aos ombros de Jesus um manto vermelho. Ele é um rei que
veio para servir e não para ser servido.
Os
bispos usam também uma capa vermelha como servos dos servos. É sinal da
alegria do serviço e do fogo do Espírito Santo que os anima e orienta.
Conclusão:
A
capa de São Martinho é vermelha não por causa do vinho, nem por causa das papoilas deste dia, nem de cólera nem mesmo
de vergonha.
É
por causa do seu ardor e coragem (como militar) ou da sua integridade e pureza
(como nobre) ou do seu coração (como caridoso) ou da sua doação total (como mártir)
ou do seu serviço e fogo divino (como bispo).
À
margem
A
palavra Capela vem da Capa de São Martinho
A
palavra capela tem a sua origem no vocabulário latino capella, diminutivo de
cappa, que significa capa, logo capella seria uma capinha, uma capa pequena.
O
vocábulo capella terá aparecido pela primeira vez por volta do ano 600 para
designar um pedaço da capa de São Martinho.
De
facto, São Martinho teria cortado a sua capa ao meio para dar metade a um
pobre. Esse pedaço da capa, isto é, uma capinha, foi então guardado num
relicário e conservado num oratório construído de propósito para aí poder ser
visto e venerado estímulo e inspiração. A determinado momento o nome capella começou
a ser aplicado ao oratório onde estava o relicário. O termo foi mais tarde
alargado a outros relicários e passou a substituir a palavra oratório. Já no
século XIII, a palavra aplicava-se a qualquer local consagrado ao culto
religioso e, pouco a pouco, passou a designar um pequeno lugar separado na
igreja onde há um altar, alargando-se depois a todos os locais de culto que não
tinham o estatuto de igreja.
Ver
também:
Sem comentários:
Enviar um comentário