Ano B – XVIII domingo comum
Este é o Domingo das murmurações
e o Domingo da fome e sede de Deus.
Deus tem sede de nós,
tenhamos sede d'Ele. (Santo Agostinho).
Reclamar
≠
elogiar
Logo
que o povo de Israel entrou no deserto, começou a reclamar contra Moisés e
Aarão.
Porque
o povo tem memória curta, porque não tem paciência e porque não é capaz de
elogiar. O povo depressa esqueceu as maravilhas que Deus tinha feito al libertá-lo
da escravidão (as 10 pragas ou 10 provas, a passagem do Mar vermelho). Mal
entrou no deserto, esqueceu tudo o anterior e começou a reclamar.
Murmurar
é reclamar, e reclamar é esquecer o que já temos, o que de bom temos.
Reclamar
é o contrário de apreciar ou elogiar.
Quando
uma pessoa reclama está a focar no que não tem e esquece o que tem - porque é
que o meu filho não é assim, porque o trabalho não é assado.
Reclamar
é próprio de quem não está bem com a vida. Quando alguém reclama porque o outro
tem mais, tudo o que tem se torna pouco.
Quando
alguém ama não reclama, mas elogia. Cada vez que reclamo da minha vida, estou a
dizer que Deus não controla a minha vida.
-
Sabem que na minha terra ninguém murmura? Sim, lá ninguém murmura. Não existe
essa palavra no seu vocabulário. Toda a gente reclama.
-
Sabem que uma vez o padre deu a seguinte penitência a uma pessoa na confissão:
Vai passar uma semana sem reclamar…
No
segundo dia a pessoa veio pedir ao confessor que lhe mudasse de penitência: É
que se eu não reclamar, o que é que eu vou fazer durante todo o dia?
Conclusão:
Reclamar
nunca, elogiar sempre.
Ter
fome de Deus
Uma
multidão corria atrás de Jesus porque queria que Ele saciasse a sua fome.
Jesus
adverte que ninguém se esqueça de procurar o alimento para a vida eterna.
Se
eu nunca tiver fome nem apetite quer dizer que algo está mal no meu corpo.
Assim
também se eu não sentir fome do Pão da vida, se eu não sentir necessidade de ir
à mesa da Eucaristia ou se não tiver sede de ir à missa, quer dizer que estou
doente e preciso tratar-me.
Jesus
oferece-se como o alimento da nossa fome de infinito. Só Ele nos pode saciar.
Conclusão:
É
preciso ter fome para Deus nos saciar.
Matar
ou saciar a fome?
Eu
sei que nunca ninguém foi preso por matar a fome, mas devemos evitar matar a
fome, seja lá como for.
Nós
cristãos devemos marcar e diferença e evitar dizer matar a fome.
A
palavra matar soa sempre mal e deve ser evitada. Tanto mais que se eu matar a
fome num dia, no seguinte a fome ressuscitará e terei de matá-la outra vez. Em
vez disso podemos dizer saciar a fome.
Assim
como corremos atrás do pão ara o corpo quando sentimos fome material, assim também
sentimos fome de Deus e podemos saciá-la. Quando não sentimos essa fome, quer
dizer que estamos doentes.
Que
o Senhor nos sacie plenamente.
Conclusão:
Jesus
sacia quem tem fome de pão e da Palavra.
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