domingo, 22 de agosto de 2021

A crise dos discípulos


Ano B – XXI domingo comum

Dizei claramente a Quem quereis servir, a Deus ou aos ídolos.

Essas palavras são duras.

Também vós quereis ir embora?

 

Tudo isso mostra a crise dos crentes, a crise dos discípulos de ontem e de hoje.

 

Podemos então perguntar:

Ser praticante é fácil ou é difícil?

Se não fosse difícil a igreja hoje estaria cheia.

Se nós estamos aqui é que para nós é fácil ou então vale a pena fazer um esforço.

É fácil por várias razões:

1ª – Quem corre por gosto não cansa.

Nós não fazemos apenas o que gostamos, mas gostamos daquilo que fazemos. Se fazemos com gosto, é fácil.

2ª – Nós fomos feitos para isto.

Vejo um pássaro a voar e para ele isso é fácil, porque ele foi feito para isso. Vejo um peixe no mar e está à vontade porque foi feito para isso. Eu também fui feito para amar e seguir a Cristo, e, portanto, isso deve ser fácil para mim. Não é remar contra a corrente.

3ª – Basta conservar.

Eu não sou um pecador a lutar para ser santo. Sou um santo a lutar contra o pecado. Para seguir a Cristo basta conservar o que somos e o que temos. Deus dá-nos todas as condições para o seguirmos. Basta conservar ou escolher aquilo que deve ser escolhido. Quando aprendemos a optar e a escolher prioridade, tudo se torna fácil.

4ª – Deus compensa o nosso esforço.

Ninguém vai a Jesus se o Pai o não conceder. É Ele que nos atrai e nos faz caminhar na sua presença. Então porque é que há tantos que se afastam? Porque não basta ser atraído por Deus, é preciso também mostrar esforço. Para alguns é difícil ser praticante porque não se esforçam nem se deixam levar por Deus.

 

Conclusão:

Não é difícil ser praticante, o difícil é viver sem Deus.

 

É difícil porque é preciso saber escolher e renunciar.

Porque não nos esforçamos o suficiente.

Porque não estabelecemos prioridade.

 

Mas fácil porque fazemos com amor.

Porque fomos feitos para isso.

Porque basta conservar.

Porque Deus ajuda.

 

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