Aceitando o desafio de falar sobre o nariz de São José, já que falamos de quase todo o resto, atrevo-me a partilhar algumas lições de São José a partir de algumas expressões ou ditos populares, aplicados pela negativa.
1ª
– Torcer o nariz.
É
mostrar desagrado. É não aceitar a proposta de alguém ou recusar algo.
São
José não torceu o nariz às circunstâncias da sua vida nem à missão que Deus lhe
confiou. Foi um homem que sempre confiou e nunca recusou.
2ª
– Meter o nariz no que não lhe diz respeito.
É
ser intrometido. É não respeitar o que diz respeito aos outros e seus
compromissos.
São
José não se meteu nem quis interferir no projeto divino da sua esposa, nem da
sua família. Acolheu, respeitou e colaborou sem querer condicionar ou
intrometer-se.
3ª
– Dar com o nariz na porta ou dar com a porta no nariz.
É
não conseguir alcançar o que se procura, recusar algo ou não acolher alguém.
Foi
o que aconteceu a José em Belém nas vésperas de Natal. Muitas portas se
fecharam, mas São José, até hoje, nunca recusou nada a ninguém nem nunca fechou
uma porta no nariz de alguém.
4ª
– Andar com o nariz empinado.
É
ser orgulhoso e prepotente. É não ver o chão onde pisa.
São
José foi um homem justo, obediente e realista, que não precisava de impor para
que o Filho lhe obedecesse.
A
sua autoridade vinha-lhe da humildade e santidade.
5ª
– Não ver um palmo à frente do nariz.
É
não querer alargar os seus horizontes, é não querer ver mais além.
São
José foi um homem de largos ideais, um homem de sonhos e projetos.
Foi
um homem que se fez mais além indo até onde Deus o destinou.
Então
para que servia o nariz de São José?
Se
o seu nariz não serviu para se meter onde não era chamado, nem para ser
torcido, nem para ser afiado, então para que tinha ele um nariz? Para que
servia?
O
nariz de São José servia para respirar, pois para isso foi criado, mas também para
inalar o perfume de Santidade do seu próximo, sobretudo dos outros dois
elementos da Sagrada Família.
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