4ª
feira – semana santa
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O Senhor Padre na sua pregação de hoje não nos disse se Judas Iscariotes foi
salvo ou se foi condenado.
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Não disse nada porque não sei. Mas quando eu chegar ao Paraíso vou perguntar-lhe.
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Oh não! E se Judas tiver ido para o Inferno?
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Nesse caso, podes perguntar-lhe tu!
Falando
agora com seriedade, o que podemos dizer sobre este assunto é que a
misericórdia de Deus é infinita.
Se
Judas não pôs limites a essa misericórdia, com certeza foi salvo.
Mas
se lhe pôs limites, creio que Deus é muito mais forte do que Judas e tê-lo-á
salvo, mesmo assim.
Aliás,
ainda na cruz Jesus pediu ao Pai que lhes perdoasse…
Judas
deve estar no grupo destes primeiros redimidos.
Jesus
é o primeiro defensor dos que o crucificaram.
Crucificaram-no
porque desconheciam a quem estavam a crucificar, porque se soubessem nunca o
teriam feito – Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem…
Jesus
ocultou-lhes o seu rosto e por isso não reconheceram a sua divindade.
Ocultou-lhes o seu poder, mas nunca a sua misericórdia.
Longe
de exigir justa vingança, converteu-se em advogado defensor dos seus
acusadores.
Só
um amor como este podia ser redentor.
O
seu sangue derramado não exigiu justiça, mas reclamou perdão.
Judas
e os seus contemporâneos agiram por ignorância.
Nós,
que conhecemos Jesus e reconhecemo-lo como Filho de Deus, podemos ter o mesmo
comportamento e a culpa poderá ser maior, mas a misericórdia de Deus é sempre
infinita.
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