terça-feira, 13 de março de 2018

Ao quase-beato Pe. Dehon


Nasceu para ser padre.
Viveu para ser santo.
Morreu para ser eterno.

Para assinalar os 175 anos do nascimento do Pe. Dehon (14 de março de 1843-2018), partilho, com algumas adaptações, uma carta aberta ao ilustre aniversariante, da autoria do Pe. Zezinho, SCJ.














“Caro e quase-beato Pe. Dehon.
Discípulos de Cristo e teus companheiros de projeto, pregadores da justiça e da paz, anunciadores da misericórdia e promotores do diálogo em todos os níveis da sociedade continuamos a sonhar o teu sonho de uma sociedade mais justa, governada pelo respeito dos direitos do ser humano, por quem  Cristo deu a própria vida.
O Coração de Jesus foi a tua razão de viver. Por ele viveste e por ele morreste. Os direitos da família, das crianças e dos pais, dos trabalhadores e dos empresários que oferecem trabalho ao povo norteou as tuas pregações. Viveste ensinando a dignidade do trabalho que santifica, liberta e aponta para Deus, que nunca deixou de trabalhar e de criar.
Lá, onde estás, no Coração do Cristo e no seu Mistério, ora por nós a quem o povo chama de dehonianos. Deixaste-nos a herança do amor ao Coração de Jesus como a tua maior riqueza.
Que nós, irmãos, padres, bispos, seminaristas e leigos que bebemos de tuas ideias, sejamos dignos desta herança. Oramos a Deus por termos a ti como nosso formador e mestre. Pedimos-te que ores pelos teus irmãos e confrades de agora. O coração do mundo ainda não bate ao compasso do Coração do Cristo! Que, a teu exemplo, saibamos viver e morrer por este sonho!
Querias uma sociedade em diálogo permanente à luz do evangelho. Querias políticas justas e cristãos a defender e a propor leis justas. Querias o clero no meio do povo, conhecedor dos seus sonhos e das suas dores, e, se preciso, capazes de compaixão e de martírio em lugar do povo.
Esperamos ver nos altares, bem perto do lugar da eucaristia, a tua imagem de homem que pensava além do seu tempo e apostava para uma sociedade mais justa e mais livre porque estamos gratos pelo teu legado.
Que o povo a quem servimos nos veja como religiosos e Sacerdotes do Coração de Jesus, profetas do amor e servidores da reconciliação, homens de coração e de cabeça aberta, corações acolhedores e pregadores incansáveis do diálogo e da misericórdia.”

NB. A expressão QUASE-BEATO foi atribuída pelo Papa Francisco ao Pe. Dehon, na audiência aos Dehonianos no Capítulo Geral em 2015. De facto o Pe. Dehon tem promulgado o decreto de aprovação de um milagre desde 2004, mas a cerimónia da sua beatificação ainda não tem data marcada.


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