quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Dehon e Portugal (1)


Portugal na Vida e Obra do Pe. Dehon

    O Pe. Dehon esteve 3 vezes em Portugal:

            A primeira foi em 1900, relatada no seu livro "Para além dos Pirenéus". Chegou de comboio a Lisboa na manhã de 26 de Março de 1900, Segunda-feira. Visitou Lisboa, Almada, Sintra, Monserrate, Alcobaça, Batalha, Leiria, Coimbra, Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos. Deixou Portugal a caminho de Badajoz a 3 de Abril, de comboio, numa Terça-feira. 

            A segunda visita a Portugal ocorreu em 1906, numa escala por Lisboa, a caminho do Brasil, relatada no seu livro "Mil léguas na América Latina..." Chegou à capital, por mar, a 03 de Setembro, Segunda-feira, e partiu no dia seguinte.

            Finalmente, no regresso da América, fez de novo escala em Lisboa a 09 de Janeiro de 1907, numa Quarta-feira. 

             Mas o interesse por Portugal começou, pelo menos, vinte anos antes e prolongou-se, também pelo menos, até 1923.

            A referência mais antiga a Portugal encontra-se no discurso da entrega de prémios do Colégio São João a 2 de agosto de 1879, que integrou o primeiro livro que o Pe. Dehon publicou com todos esses discursos em 1887. Disse assim: "Escutai. Eis primeiro o doutor Livingstone no regresso da sua expedição no interior da África central - Havia outrora, diz ele, a dez ou doze léguas ao norte de Albaca, no Congo, uma missão chamada Cahenda, e o número de indivíduos que, na província, sabiam ler e escrever era deveras extraordinário. É fruto dos trabalhos dos missionários jesuítas que foram os apóstolos desta população; e depois da sua expulsão pelo Marquês de Pombal, os indígenas continuaram a instruir-se uns aos outros. Estes homens abnegados gozam ainda hoje de grande veneração. Todos falam deles com honra. Chamam-lhes ainda pelo seu nome português de padres jesuítas."

            Outras referências apareceram nas Crónicas de "O Reino do Coração de Jesus" desde 1889. Antes de conhecer Portugal in loco, o Pe. Dehon já escrevera 12 crónicas e ainda uma referência num artigo (1895) e duas alusões nos seus livros (Os Nossos Congressos e Renovação Social Cristã). Depois disso, apareceram várias referências a Portugal nas Notas Quotidianas de 1910-1911, no decorrer da sua viagem à volta do mundo bem como na sua correspondência.

Por fim, há que referir que não só o Pe. Dehon estudou e conheceu Portugal como os portugueses também estudaram e conheceram o pensamento do Pe. Dehon. De facto, podemos comprovar que alguns autores portugueses, clero e leigos, adquiriram, estudaram, citaram as edições originais ou traduziram alguns dos seus livros sociais.

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