Portugal
na Vida e Obra do Pe. Dehon
O Pe. Dehon esteve 3 vezes em Portugal:
A primeira foi em
1900, relatada no seu livro "Para além dos Pirenéus". Chegou de comboio
a Lisboa na manhã de 26 de Março de 1900, Segunda-feira. Visitou Lisboa, Almada,
Sintra, Monserrate, Alcobaça, Batalha, Leiria, Coimbra, Porto, Vila Nova de
Gaia e Matosinhos. Deixou Portugal a caminho de Badajoz a 3 de Abril, de
comboio, numa Terça-feira.
A
segunda visita a Portugal ocorreu em 1906, numa escala por Lisboa, a caminho do
Brasil, relatada no seu livro "Mil léguas na América Latina..."
Chegou à capital, por mar, a 03 de Setembro, Segunda-feira, e partiu no dia
seguinte.
Finalmente, no
regresso da América, fez de novo escala em Lisboa a 09 de Janeiro de 1907, numa
Quarta-feira.
Mas
o interesse por Portugal começou, pelo menos, vinte anos antes e prolongou-se, também
pelo menos, até 1923.
A
referência mais antiga a Portugal encontra-se no discurso da
entrega de prémios do Colégio São João a 2 de agosto de 1879, que integrou o
primeiro livro que o Pe. Dehon publicou com todos esses discursos em 1887.
Disse assim: "Escutai. Eis primeiro o doutor Livingstone no regresso da
sua expedição no interior da África central - Havia outrora, diz ele, a dez ou
doze léguas ao norte de Albaca, no Congo, uma missão chamada Cahenda, e o
número de indivíduos que, na província, sabiam ler e escrever era deveras extraordinário.
É fruto dos trabalhos dos missionários jesuítas que foram os apóstolos desta
população; e depois da sua expulsão pelo Marquês de Pombal, os indígenas continuaram
a instruir-se uns aos outros. Estes homens abnegados gozam ainda hoje de grande
veneração. Todos falam deles com honra. Chamam-lhes ainda pelo seu nome
português de padres jesuítas."
Outras referências apareceram nas Crónicas de "O Reino do
Coração de Jesus" desde 1889. Antes de conhecer Portugal in loco, o Pe.
Dehon já escrevera 12 crónicas e ainda uma referência num artigo (1895) e duas
alusões nos seus livros (Os Nossos Congressos e Renovação Social Cristã).
Depois disso, apareceram várias referências a Portugal nas Notas Quotidianas de
1910-1911, no decorrer da sua viagem à volta do mundo bem como na sua
correspondência.
Por fim, há que referir que não só o Pe.
Dehon estudou e conheceu Portugal como os portugueses também estudaram e
conheceram o pensamento do Pe. Dehon. De facto, podemos comprovar que alguns
autores portugueses, clero e leigos, adquiriram, estudaram, citaram as edições
originais ou traduziram alguns dos seus livros sociais.
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