Hoje celebra-se a memória de Santo Antão.
Há quem admire Antão pela sua vida de eremita.
Há quem o admire pela sua ascese.
Ou por ser intrépido nas tentações.
Ou por ter sido o pai no monaquismo ocidental.
Ou por ser um pobre desprendido.
Ou por abençoar os animais, domésticos ou selvagens.
Ou um santo abade, educador dos jovens e conselheiro de imperadores.
Eu admiro-o sobretudo pelo fato de, apesar de nunca ter saído do deserto, nem do seu refúgio, a sua santidade brilhou em todas as partes do mundo. Ficaram a conhecer a sua santidade e sabedoria os povos da Gália, da Hispania, Roma e todo o império. E isto, sem ele ter viajado. Isto foi a um dom de Deus ou uma Graça Divina.
Ainda se fosse hoje, com os meios de comunicação, nesta aldeia global, onde as notícias se espalham mais depressa do que o próprio vento, ainda compreendia. Mas no século IV, acontecer tal divulgação só pode ser obra de Deus.
O próprio imperador Constantino foi pedir-lhe conselhos e pareceres. E como ele sabia de Antão? Como é que era conhecedor da capacidade deste santo homem?
Antão quanto mais vivia escondido e no silêncio, mais se proclamava as maravilhas de Deus em todo o mundo e brilhava como lâmpada no candelabro iluminando todos os homens.
É esta maravilha que mais admiro neste santo e discreto homem.
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