domingo, 14 de março de 2010

Aniversário


O Pe. Dehon

faz hoje 167 anos

Parabéns!


Ele lembra este dia:
“Nasci no dia 14 de Março de 1843. Era a terça-feira da segunda semana da Quaresma, pois a Páscoa caía nesse ano a 14 de Abril. O dia 14 de Março é a festa de S. Matilde, rainha da Alemanha (NHV, I,)”

Apesar de ter nascido em 1843 continua sempre jovem… porque os santos nunca envelhecem (Conferência aos Jovens, inventário 38.09, AD: B6/5.9).

Mesmo quando completou os 80 anos de vida, alguém dizia dele:
- O P. Dehon tem conservado dos seus 20 anos a curiosidade da inteligência, o vigor do espírito e o calor da alma.

Mais tarde, quando aos 82 anos faleceu o Pe. Dehon, o então bispo de Soissons, futuro cardeal Binet, no discurso das exéquias deu o seguinte testemunho:
- Foi-se o grande ancião, de coração sempre jovem, confiante, sempre optimista, para a eterna juventude de Cristo, a cujo coração se consagrou. O Pe. Dehon foi alguém muito grande, sobretudo de coração.

Era de facto um grande homem e um homem grande: tinha 1,92 metros de altura.

A propósito das conferências sociais proferidas pelo Pe. Dehon em Roma e em Milão, o cronista apresenta-o com brevidade:
“O Pe. Dehon é um homem alto (1, 92 m.) de aspecto nobre, de rosto inteligente, fala com singular exactidão e medida e revela-se extremamente conhecedor dos assuntos mais interessantes da vida moderna” (L’Osservatore Cattolico, 11 de Maio de 1897).

O Pe. Jacquin dizia que o Pe. Dehon era de tão grande estatura que todos pareciam pequenos ao pé dele. (RCJ Lovaina, 1936, 170).

Foi um grande homem, não por ter feito obras grandiosas, mas fez obras grandiosas por ser um grande homem.


Aniversário do Pe. Dehon

segundo ele mesmo.


Em 1865
"No Canal de Suez, no Egipto: 14 de Março 1865. El Guisr. Lago Ballah. É o meu 22º aniversário natalício. O dia começa alegremente. O sr. De Galard almoça connosco; mas a tarde traz-nos fortes dissabores. Queremos seguir o dique do novo canal através do lago Ballah, mas este dique tinha rebentado de manhã; temos de refazer o caminho e contornar o lago. Íamos em zig-zag, obrigados muitas vezes a recuar diante dos baixios. A noite surpreendeu-nos, tivemos de acampar no deserto (NHV, I)” .

Em 1909
"No dia 14 de Março faço 67 anos. Quantas graças perdidas! Pudesse eu recuperar o tempo perdido! Lembro o início da obra. Quanto o diabo tentou., sobretudo entre 1881 e 1884" (NQ XXIV 68).

Em 1913
"O meu 70º aniversário. O Santo Padre manda-me felicitações e a sua bênção. É muita honra para um pobre diabo como eu. Tudo isso encaminha o fim que está próximo. Na Congregação vão rezar por mim, é o melhor que podem fazer. Os conselheiros mandaram para todas as comunidades uma carta circular pedindo que todos façam deste dia 14 um dia de oração de acção de graças. Convidaram os padres a celebrar uma Missa em minha intenção, os outros farão a comunhão nesta intenção. Deo gratias! Preciso tanto da misericórdia de Deus!”

Em 1915
"Eis o 72º aniversário do meu nascimento. Como me impressiona esta data! Quantas faltas cometi!... Senhor, na vossa infinita misericórdia, apagai todas as minhas faltas e enchei-me de toda a vossa amizade." (1915-11/37)

Em 1917
"Entro hoje no meu 74º ano da minha vida, ‘longum aevi spatium’. Releio os salmos penitenciais. Eles exprimem bem os meus sentimentos. Não posso esquecer da acção de graças…" (1916-14/40)

Em 1923
"No dia 14 faço 80 anos. Recebo cartas de toda parte., cartas dos cardeais Gasparri e Laurent e do bispo de Soissons, até um bilhete do Papa. É muito mais do que mereço.
A minha carreira está no fim. Deixo muita coisa encaminhada. A coisa mais difícil será ter uma igreja em Roma, por causa da crise económica que assola o mundo. Entretanto, o Coração de Jesus vai dar um jeito como deu em Montemartre" (NQ XLIV, 73).

Por fim em 1925
"Eis que chego aos 82 anos. Graças à minha boa Mãe do Céu e aos santos Anjos escapei a tantos perigos e males. Obrigado, minha boa Mãezinha, meus Anjos!
O que é que eu fiz nestes 82 anos? Pouca coisa boa. Redobro a minha reparação, reafirmo o meu arrependimento e a minha confiança na misericórdia do Senhor!
Viajei um pouco nestes anos todos! Talvez até demais, muito embora sempre visasse o conhecimento geográfico, estético, histórico e a afirmação da minha fé…" (NQ XLV 44f.).

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