terça-feira, 6 de junho de 2023

Mostrai-me um denário


Terça – IX semana comum

 

Devemos pagar ou não o tributo a César?

Alguns comentários:

 

1 - Trazei-me um denário para eu ver…

Jesus não tinha nem um denário nem um cêntimo sequer.

Nem nesta circunstância nem noutras, como quando Pedro teve que pescar uma moeda para pagar os impostos dele e do próprio Jesus.

É por isso que teve de pedir uma moeda a alguém para ver a imagem e a inscrição.

Jesus ensina não só com palavras, mas também e acima de tudo com gestos e com o exemplo.

Jesus não tinha um denário de seu porque já o deixara para César, já se tinha despojado. O seu a seu dono. 

Para Jesus não há dito e feito, mas feito e dito. Assim fez e assim disse.

 

2 – Devemos pagar ou não pagar?

Para os seus interlocutores só havia uma solução – Ou pagar ou não pagar. Isto é, ou Deus ou César.

Se Jesus dissesse que se devia pagar, então estaria a submeter-se a César e assim Deus estaria submetido a César.

Se dissesse que não, era César que se submeteria a Jesus, o que pareceria uma pretensão de superioridade de poder, de força e de interesse.

A resposta sábia de Jesus bem mostrar o equilíbrio entre Deus e César, entre César e Deus.

Dar o quê a quem?

Dar quem a quem?

É preciso dar o quê a César – o dinheiro, as coisas…

É preciso dar quem a Deus – a pessoa feita à Sua imagem e semelhança.

Assim se mantém o equilíbrio entre as duas realidades.

 

3 – Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

A ordem da solução é determinante.

Jesus diz que primeiro se deve deixar para César quilo que lhe pertence.

Se fizermos isso, o passo seguinte será entregar a Deus aquilo que lhe pertence.

Depois de uma atitude de despojamento, parece espontâneo uma atitude de abandono nas mãos de Deus.

 

Ver também:

Bom servo, mau senhor

 

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