Terça
– IX semana comum
Devemos pagar ou não o tributo a César?
Alguns
comentários:
1
- Trazei-me um denário para eu ver…
Jesus
não tinha nem um denário nem um cêntimo sequer.
Nem
nesta circunstância nem noutras, como quando Pedro teve que pescar uma moeda
para pagar os impostos dele e do próprio Jesus.
É
por isso que teve de pedir uma moeda a alguém para ver a imagem e a inscrição.
Jesus
ensina não só com palavras, mas também e acima de tudo com gestos e com o exemplo.
Jesus não tinha um denário de seu porque já o deixara para César, já se tinha despojado. O seu a seu dono.
Para
Jesus não há dito e feito, mas feito e dito. Assim fez e assim disse.
2
– Devemos pagar ou não pagar?
Para
os seus interlocutores só havia uma solução – Ou pagar ou não pagar. Isto é, ou
Deus ou César.
Se
Jesus dissesse que se devia pagar, então estaria a submeter-se a César e assim
Deus estaria submetido a César.
Se
dissesse que não, era César que se submeteria a Jesus, o que pareceria uma pretensão
de superioridade de poder, de força e de interesse.
A
resposta sábia de Jesus bem mostrar o equilíbrio entre Deus e César, entre César
e Deus.
Dar
o quê a quem?
Dar
quem a quem?
É
preciso dar o quê a César – o dinheiro, as coisas…
É
preciso dar quem a Deus – a pessoa feita à Sua imagem e semelhança.
Assim
se mantém o equilíbrio entre as duas realidades.
3
– Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
A
ordem da solução é determinante.
Jesus
diz que primeiro se deve deixar para César quilo que lhe pertence.
Se
fizermos isso, o passo seguinte será entregar a Deus aquilo que lhe pertence.
Depois
de uma atitude de despojamento, parece espontâneo uma atitude de abandono nas mãos
de Deus.
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