Ano C – XIII domingo comum
Jesus
continua a ensinar. E faz isso através das crianças, através da comunidade ou
através das coisas simples.
Aprendendo
com as crianças
No
passado domingo duas dezenas de crianças fizeram a sua primeira comunhão.
Comungar, na linguagem dos santos, é como que beijar Jesus ou deixar que Jesus
nos beije. Tal como o pai e a mãe nunca esquecem o primeiro beijo que deram ao
filho recém-nascido, assim também não podemos esquecer a nossa primeira
comunhão, o nosso primeiro beijo ao amigo Jesus.
Oito
dias depois as crianças vieram à missa e à comunhão. De facto, não podem passar
uma semana sem vir beijar o seu amigo Jesus ou sem receber um beijo seu. Quanto
a mim, não quero passar um único dia sem dar ou acolher um beijo a Jesus.
Quando
este grupo de crianças da primeira Comunhão regressou à catequese, visitando a
Igreja, alguém exclamou ao entrar na igreja:
-
Este lugar traz-me boas recordações.
De
facto, não podemos esquecer o nosso primeiro beijo…
A
igreja é um lugar de boas recordações, um lugar de felicidade.
Aprendendo
com a comunidade
Ao
meditar sobre o envio dos profetas ou discípulos nas leituras de hoje,
sintetizei numa frase:
-
Deus precisa de mim, porque o mundo precisa de Deus.
Para
envolver a assembleia, quis dizer sozinho a primeira parte e o povo completava
com a segunda, apontando para mim, para ti e para nós:
-
Deus precisa de mim
Porque o mundo precisa de Deus.
-
Deus precisa de ti
Porque o mundo precisa de Deus.
-
Deus precisa de nós
Porque o mundo precisa de Deus.
Mas
aconteceu algo especial.
Na
primeira vez, todos responderam com entusiasmo.
Na
segunda vez, responderam a meio gás,
Por
fim, na terceira vez, quase ninguém se fez ouvir.
Isto
quer dizer muita coisa. Quando é a nossa vez de nos comprometermos pelo Reino,
parece faltar entusiasmo. Para os outros, tudo bem. Quando nos toca, somos mais
cautelosos
Aprendendo
com as coisas:
O
relógio
Jesus
ao convidar alguns discípulos para os enviar em missão ouviu a mesma resposta:
-
Mais tarde… Deixa-me primeiro despedir-me da minha família, ou deixa primeiro
ficar ao lado do meu pai enquanto puder.
Então
qual é o problema?
É
que o nosso relógio não está acertado com o relógio de Deus. Pensamos que o
nosso tempo é que deve ditar o horário ou calendário de Deus.
O
carro
Jesus
conclui o trecho de evangelho de hoje dizendo:
Quem
tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de
Deus.
O
retrovisor do automóvel é menor do que o para-brisa. É porque o caminho que temos
pela frente é mais importante do que o que ficou para trás.
Não
se vai para frente olhando-se pelo retrovisor.
Nunca
vi ninguém correr a olhar para trás e vencer a corrida.
A
marcha-atrás
Há
um conjunto de órgãos que orientam o corpo humano para a frente. Os olhos e o nariz.
Os joelhos e os cotovelos são articulados de modo a facilitarem o movimento
frontal. Dos órgãos sensoriais apenas os ouvidos estão implantados de lado, a
fim de permitir apanhar os sons em estereofonia.
É
preciso olhar para a frente. Um cristão não tem marcha-atrás.
Conclusão:
Nós
fomos feitos para ir em frente.
Não
vale a pena olhar para trás, para o que já foi, mas para a frente é que é o
caminho. Aliás, se estamos a seguir a Jesus, não podemos olhar para trás porque
Ele vai à nossa frente. É preciso pôr os olhos nele e avançar para alcança-lo.
Ver
também:
O cristão não tem marcha-atrás
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