quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Na oficina de S. José


Do Sermão do Gloriosíssimo Patriarca S. José, pelo Pe. António Vieira, pregado na catedral da Baía, no ano de 1639:

“A casa de Nazaré, tão humilde, como de um pobre oficial, que com o trabalho de suas mãos, e o suor do seu rosto, lavrando lenhos secos, e sem raízes, deles recolhia o duro pão, com que sustentava a mesma casa.

É-me necessário entrar na oficina, e tomar emprestados três instrumentos – uma serra, uma plaina e um compasso.

A serra para dividir e apartar a verdade da opinião.

A plaina para aplainar todas as dificuldades que pode ter a mesma verdade.

E o compasso para medir a imensidade das grandezas de São José.”

Também hoje, nós precisamos de pedir emprestado a São José vários instrumentos da sua oficina.

Que ele nos empreste a sua caixa de ferramentas para fazermos alguns serviços urgentes:

- O martelo, não para fazer barulho, mas para nos ajudar a aprofundar a Palavra de Deus.

- Os pregos, não para picar alguém, mas para nos unir melhor uns aos outros como irmãos.

- O serrote, não para mostrar os dentes destruidores, mas para cortar tudo o que está a mais e assim alcançar a plena libertação.  

- A lixa, não para ser áspero com alguém, mas para suavizar e aperfeiçoar a nossa vida.

- O compasso ou a fita métrica, não para medir o que já fizemos, mas o que ainda nos falta fazer.

 

Ver também:

Parábola do carpinteiro

Mestre carpinteiro

O carpinteiro de Nazaré

Jesus carpinteiro

Filho do carpinteiro

 

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