A oração envolve-nos na Criação
A Criação envolve-nos na oração
No filme “A Missão”, realizado por Roland
Joffé, em 1986, sobre missionários jesuítas no Paraguai do séc. XVIII, o irmão
Gabriel (interpretado por Jeremy Irons) encontra Rodrigo Mendonza (Roberto De
Niro) na selva, estendendo armadilhas para os guaranis, de modo a torná-los
escravos e vendê-los aos portugueses.
- Estamos a construir uma missão aqui, entre
os Guaranis – diz Gabriel a Mendonza.
O espanhol responde, com desprezo:
- Ótimo, se ainda for a tempo.
Hoje o problema não abrange apenas as
pessoas, mas engloba toda a criação. Cuidemos de toda a humanidade e de toda a
criação, se ainda for a tempo.
Seguindo o exemplo da Igreja ortodoxa que em
1989 proclamou o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, o papa
Francisco pediu que a cada 1 de setembro se reservasse algum tempo para rezar
pela criação, no início de uma “Estação da Criação” que termina na festa de S.
Francisco de Assis, a 4 de outubro.
A ideia não é tanto que hoje o cristão separe
o seu lixo (mas, por favor, que cada um faça isso), mas que reze (se ainda for a tempo).
Quem reza não se esquece da Criação.
Quem ama a Criação não se esquece de rezar.
“Não fugimos do mundo, nem negamos a
natureza, quando nos queremos encontrar com Deus” (Laudato Si, nº 235).
Rezemos então para curar as feridas da Terra... se ainda for a tempo.
Se Deus nos fala da Terra
E se a Terra nos fala de Deus.
Falemos de Deus à Terra
E falemos da Terra a Deus.
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