quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Santa Águeda


Memória da Virgem e Mártir Santa Águeda +252

Há várias opiniões sobre a origem e significado do seu nome ÁGUEDA ou ÁGATA:
- Agios + Theos = Santa de Deus
- A + Geos+ Theos = De Deus sem terra
- Aga + Tau = De elevada eloquência
- Aquila = águia
- Agatós = Bondosa, boa.

Eu vou mais por esta última, seguindo a sugestão de São Metódio de Sicília, bispo, no seu sermão sobre Santa Águeda (Ofício de Leitura de hoje).
Águeda ou Ágata, vem do grego AGATOS, que significa Bondosa, Boa.
Que ela nos ensine a ser também bons cristãos e cristãos bons.





















Natural da ilha da Sicília foi denunciada por ser cristã e levada à presença do governador. Este, achando-a de extraordinária beleza, ficou tomado de violenta paixão pela nobre cristã, à qual se atreveu importunar com propostas indecorosas. Águeda rejeitou-lhe as impertinências desavergonhadas e declarou preferir morrer a macular o nome de cristã.
Quintiano para conseguir os seus maldosos fins, mandou entregar a donzela a Afrodisia, mulher de péssima fama, na esperança de, na convivência com esta pessoa, Ágata se tornasse mais acessível. Enganou-se. Afrodisia nada conseguiu e depois de um trabalho inútil de trinta dias, pediu a Quintino que tirasse Águeda de sua casa.
Começou então o martírio da nobre siciliana. Disse-lhe o governador em pleno tribunal:
- Não te envergonhas de rebaixar-te à escravidão do cristianismo, quando pertences a nobre família?
Águeda respondeu-lhe: 
- A servidão de Cristo é liberdade e está acima de todas as riquezas dos reis.
Depois de muitas brutalidades a santa mártir foi metida no cárcere, com graves ameaças de ser sujeita a torturas maiores, se não resolvesse a abandonar a religião de Jesus Cristo.
O tirano ordenou que a donzela fosse esticada sobre a catasta, os membros lhe foram desconjuntados e o corpo todo queimado com chapas de cobre em brasa, e os peitos atormentados com tenazes de ferro e depois cortados.
Referindo-se a esta última brutalidade, Águeda disse ao juiz: 
- Não te envergonhas de mutilar numa mulher, o que a tua mãe te deu para te aleitar?
Após esta tortura crudelíssima, Águeda foi levada novamente ao cárcere, entregue às suas dores, sem que lhe fosse administrado o mínimo tratamento.  Viu-se então completamente restabelecida. Cheia de gratidão, entoou cânticos, louvando a misericórdia e bondade de Deus. Os guardas, ouvindo-a cantar, abriram a porta do cárcere e vendo-a completamente curada, fugiram cheios de pavor.
As companheiras de prisão de Águeda aconselharam-na que fugisse. Ela, porém, disse: 
- Deus me livre de abandonar a arena antes de ter segura em minha mão a palma da vitória.
Foi novamente apresentada ao juiz. Este não pode deixar de se mostrar admirado, vendo-a completamente restabelecida.
Águeda disse-lhe: 
- Vê e reconhece a omnipotência de Deus, a Quem adoro. Foi Ele que me curou as feridas e me restituiu os seios. Como podes, pois exigir de mim que O abandone? Não poderá haver tortura, por mais cruel que seja, que me faça separar do meu Deus.
O juiz não mais se conteve. Deu ordem para que Ágata fosse arrastada sobre vidros e brasas. Voltou então para o cárcere onde acabou por morrer rezando assim:
- Senhor, que desde a infância me protegestes, extinguistes em mim o amor ao mundo e me destes a graça de sofrer o martírio, ouvi as preces da vossa serva fiel e aceitai a minha alma.

Ver também - 3ª feira – IV semana comum



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