quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Fogo do coração


5ª feira – XXIX semana comum

O trecho do Evangelho de hoje faz parte dos ensinamentos de Jesus dirigidos aos discípulos durante a sua subida a Jerusalém, onde lhe espera a morte na cruz. Para indicar o objetivo de sua missão, Ele usa três imagens: o fogo, o batismo e a divisão.
Hoje contemplamos primeira imagem: o fogo.

O fogo, não da cabeça mas, do coração:
Eu vim trazer o fogo sobre a terra e que quero Eu senão que ele se acenda? (Lc 12, 49). 
O fogo do qual Jesus fala é o fogo do Espírito Santo, presença viva e atuante em nós desde o dia do Batismo.
Esse fogo é uma força criadora que purifica e renova, queima toda a miséria humana, todo o egoísmo, todo o pecado, nos transforma a partir de dentro, nos regenera e nos torna capazes de amar.
Jesus deseja que o Espírito Santo irrompa como fogo no nosso coração, porque somente partindo do coração que o incêndio do amor divino poderá propagar-se e fazer progredir o Reino de Deus. Não parte da cabeça, parte do coração. E por isto Jesus quer que o fogo entre no nosso coração. Se nos abrirmos completamente à ação deste fogo que é o Espírito Santo, Ele nos dará a audácia e o fervor para anunciar a todos Jesus e a sua consoladora mensagem de misericórdia e de salvação, navegando em mar aberto, sem medo. Esse fogo começa no coração. (Cf. Papa Francisco no Angelus do dia 14 de agosto de 2016 na Praça São Pedro em Roma).
É por isso que as imagens do Coração de Jesus apresentam línguas de fogo, porque é o fogo do amor divino que brota do seu Coração e quer incendiar o nosso coração.
























Sagrado Coração de Jesus, Pompeo Batoni, Igreja de Jesus - Roma

É por isso que também rezamos:
Vinde Espírito Santo 
enchei os corações dos vossos fiéis
acendei neles o fogo do vosso amor.

Na Primeira Leitura São Paulo dizia:
Dobro os meus joelhos diante de Deus.

De facto a única atitude do homem diante de Deus é dobrar os joelhos com devoção, reverência, humildade e entrega.
E diante dos homens? E diante do mundo? Qual a melhor atitude?
Diante de Deus, dobrar os joelhos.
Ficar de pé ao lado dos irmãos, como apoio firme e solidário.
E nesta terra ficar deitado, como morto porque devemos morrer para este mundo.



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