4ª feira – XXII semana comum
Assim pregava o Pe. António
Vieira no século XVII:
Quanto à sogra de S. Pedro, dizia
eu que ainda em prudência económica e política se podia deixar estar enferma só
por ser sogra. Uma sogra talvez é melhor estar doente, que sã. Porque doente, a
mesma doença a tem quieta a um canto da casa; e sã, rara é a que não se
contente com menos, que com todos os quatro cantos dela. Mas agora digo que a
deixava S. Pedro estar assim, para que ela exercitasse a paciência, e ele a
caridade.
O leito de doença era uma oportunidade para a sogra exercitar a
sua paciência ao sofrer e para Pedro uma oportunidade para exercitar a sua caridade em cuidar dela.
Jesus ao curá-la vem inverter as virtudes: A sogra passa a ter oportunidade para exercitar a caridade (servindo) e Pedro começa a ter oportunidade para exercitar a sua paciência…
Assim prego eu hoje:
Mais do que a paciência da sogra e a caridade de Pedro ou a caridade da sogra e a paciência de Pedro, o que me chama a atenção é a humildade de Jesus:
Ele aproximou-se da cabeceira da doente… isto é, ele
inclinou-se sobre o leito do sofrimento.
Jesus é sempre o mesmo: aproxima-se, inclina-se, abeira-se do doente, identifica-se com o pobre, une-se ao sofredor.
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