sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Não-violência















Círculo vicioso

Um diretor de empresa gritou com o seu secretário porque estava maldisposto nesse momento.
O secretário, ao chegar a casa, gritou com a esposa, acusando-a de gastar muito dinheiro nas compras que fizera.
A esposa gritou com a empregada porque quebrou um copo.
A empregada deu um pontapé no cão porque a fez tropeçar.
O cão saiu a correr e mordeu numa velhinha que lentamente caminhava pelo passeio.
A velhinha foi ao hospital para vacinar-se e gritou com o médico porque a injeção foi dolorosa.
O médico ao chegar a casa gritou com a mãe porque a sopa tinha muito sal.
E a mãe, tolerante e com toda a delicadeza, acariciou os cabelos dos filhos, dizendo:
- Meu querido, eu sei que vens cansado. Parece-me que trabalhas demasiado. Vai tomar um duche reconfortante, enquanto eu preparo o teu prato favorito e verás como ficarás muito melhor.
Nesse momento quebrou-se o círculo do ódio e da violência porque chocou com a doçura e o amor.
Começámos o novo sob o signo da violência e da guerra, numa cadeia de ódio que gera ódio. Gandhi dizia que fazer o mal para conseguir o bem, seria como recorrer a ajuda de Satanás para chegar até Deus. A não-violência, a solidariedade, o compromisso pessoal e o perdão, são as únicas armas dos pobres contra os senhores da guerra. Só o amor vence o ódio. Os caminhos da violência nunca podem trazer autênticas soluções aos problemas da humanidade. É preciso romper o círculo da violência e quebrar a injustiça infinita dos homens.



















Mensagem do 50º Dia Mundial da Paz 2017

Isto vem a propósito da Mensagem do Santo Padre Francisco para o 50º dia Mundial da Paz que nos convida a fazer da não-violência ativa o nosso estilo de vida. De facto é este o tema escolhido pelo Papa – A não-violência: estilo de uma política para a paz.
Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo característico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas.
A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado.
A não-violência não é rendição, negligência e passividade.
Exemplos de construtores da paz pela não-violência:
Mahatma Gandhi, Khan Abdul Ghaffar Khan, Martin Luther King Jr, Leymah Gbowee,
O Sermão da Montanha é o manual da estratégia da não-violência para a construção da paz.
Se a origem donde brota a violência é o coração humano, então é fundamental começar por percorrer a senda da não-violência dentro da família. Esta constitui o cadinho indispensável no qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cuidar uns dos outros desinteressadamente e conde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão. A partir da família, a alegria do amor propaga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade.













Oração

Todos desejamos a paz;
Muitas pessoas a constroem todos os dias com pequenos gestos;
Muitos sofrem e suportam pacientemente a dificuldade de tantas tentativas para a construir.
No ano de 2017, comprometemo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações, palavras e gestos a violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum.
Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração.
Todos podemos ser construtores da paz.


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