5ª feira da Oitava da Páscoa
Cristo
ressuscitado apareceu no meio dos seus discípulos e desejou a paz.
Notai
a maravilhosa e suma igualdade de Cristo, posto no meio dos discípulos.
Nem
a ofensa obrigou ao retiro, nem o obséquio ao favor, mas amado ou ofendido
sempre igual.
Foi
a igualdade quanto ao lugar.
E
quanto à ações igual.
No
rosto, na alegria, nas palavras na benevolência, no esquecimento do passado,
igual com todos e a todos.
A
todos oferece a paz.
A
todos anima e consola, a todos convida, a todos regala, a todos se entrega, mas
parcialidade ou particularidade, a nenhum.
A
todos os discípulos era a paz e sem igualdade e igualdade com todos não há paz.
Paz
com Deus, paz com nossos próximos, e paz com nós mesmos.
Com
esses três cravos que vos pregaram na cruz, e abriram em vós preciosíssimas
chagas das mãos e dos pés, confirmai em nós estas 3 pazes.
Com
o cravo da mão direita a Paz com Deus; com o cravo da mão esquerda a paz com os
próximos; e com o cravo de um e outro pé a paz com nós mesmos, assim no corpo
como na alma.
(Cf. Pe. António Vieira, sermão da oitava da Páscoa)
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