Assim era o Pe. Colombo!
Isto chama-se
humildade!
“… Antes de começar a trabalhar, é preciso
saber falar. E, infelizmente, as línguas não se compram! (Quisesse o céu que se
pudessem comprar como aquelas das vacas do talho! Pediria imediatamente um
empréstimo!) Portanto, toca! Para a Escola! Meu Deus! Voltar para a escola
com esta idade?! Sim. E, para aprender mais depressa, para a escola com as crianças
da terceira e quarta classe, para fazer a análise gramatical, o ditado e outras
coisas mais. Que delícia! Imaginais, por exemplo, o Pe. Colombo, com 35
anos, a aprender ainda estas matérias? Na parte de trás do frontispício do seu
livro de leitura, estão estampadas perguntas sobre as generalidades do seu
dono; e ele, como bom menino da escola, preencheu-o. Eis:
Chamo-me
– Pe. Ângelo Colombo
Moro
– Caminho do Meio, 110
Idade
– 35anos.
Altura
– 1,73.”
(Carta
do Pe. Colombo de 6 de março de 1947 para os seus confrades em Itália)
Isto chama-se abandono
à Providência!
Não
foi fácil levar para diante a obra do Colégio Missionário…
Sei
que o Pe. Colombo ia, muitas vezes, para diante do sacrário e rezava:
-
Senhor, Tu sabes; Tu vês; Tu podes.
E
tudo aparecia.
(Testemunho
da benfeitora Maria Bernardete Fernandes, Abril 1997)
Isto chama-se
persistência!
“Apreciei e admiro o Pe. Angelo Colombo,
fundador do Colégio Missionário e da nossa obra em Portugal. Era um homem reto,
honesto e sincero; um homem corajoso, que confiava na Divina Providencia; era
exigente no cumprimento da regra e, sobretudo, na prática da Adoração
Eucarística reparadora. Mas era também compreensivo. Lembro-me que, um dia,
encontrando-me um pouco abatido e cansado, agarrou-me com as suas mãos
rigorosas e disse-me, para me animar:
-
Sabes, Júlio?! Quando me sinto cansado e nervoso e parece que o mundo está para
desabar, vou para o meu quarto, fecho janelas e persianas, meto-me na cama e
durmo, durmo, durmo. Quando acordo, vou à janela e, vendo de novo o mundo,
digo, animado: afinal o mundo não caiu! E recomeço o meu trabalho.”
(Testemunho
do Pe. Júlio Griti, in As minhas memórias, Janeiro de 2011)
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