quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Memorial Pe. Colombo (9)


Assim era o Pe. Colombo!

Isto chama-se humildade!
 “… Antes de começar a trabalhar, é preciso saber falar. E, infelizmente, as línguas não se compram! (Quisesse o céu que se pudessem comprar como aquelas das vacas do talho! Pediria imediatamente um empréstimo!) Portanto, toca! Para a Escola! Meu Deus! Voltar para a escola com esta idade?! Sim. E, para aprender mais depressa, para a escola com as crianças da terceira e quarta classe, para fazer a análise gramatical, o ditado e outras coisas mais. Que delícia! Imaginais, por exemplo, o Pe. Colombo, com 35 anos, a aprender ainda estas matérias? Na parte de trás do frontispício do seu livro de leitura, estão estampadas perguntas sobre as generalidades do seu dono; e ele, como bom menino da escola, preencheu-o. Eis:
Chamo-me – Pe. Ângelo Colombo
Moro – Caminho do Meio, 110
Idade – 35anos.
Altura – 1,73.”
(Carta do Pe. Colombo de 6 de março de 1947 para os seus confrades em Itália)

Isto chama-se abandono à Providência!
Não foi fácil levar para diante a obra do Colégio Missionário…
Sei que o Pe. Colombo ia, muitas vezes, para diante do sacrário e rezava:
- Senhor, Tu sabes; Tu vês; Tu podes.
E tudo aparecia.
(Testemunho da benfeitora Maria Bernardete Fernandes, Abril 1997)

Isto chama-se persistência!
 “Apreciei e admiro o Pe. Angelo Colombo, fundador do Colégio Missionário e da nossa obra em Portugal. Era um homem reto, honesto e sincero; um homem corajoso, que confiava na Divina Providencia; era exigente no cumprimento da regra e, sobretudo, na prática da Adoração Eucarística reparadora. Mas era também compreensivo. Lembro-me que, um dia, encontrando-me um pouco abatido e cansado, agarrou-me com as suas mãos rigorosas e disse-me, para me animar:
- Sabes, Júlio?! Quando me sinto cansado e nervoso e parece que o mundo está para desabar, vou para o meu quarto, fecho janelas e persianas, meto-me na cama e durmo, durmo, durmo. Quando acordo, vou à janela e, vendo de novo o mundo, digo, animado: afinal o mundo não caiu! E recomeço o meu trabalho.”
(Testemunho do Pe. Júlio Griti, in As minhas memórias, Janeiro de 2011)

Sem comentários: