Símbolo é uma definição abreviada, formulário
ou síntese da fé. É conhecido como símbolo dos Apóstolos, pois nele são
declaradas as mesmas verdades da fé comuns a todos os apóstolos. Há três textos
diferentes para professar essa mesma fé cristã:
1º - O Credo Batismal ou o Símbolo Dialogado
É a mais antiga profissão de fé nascida da
liturgia batismal, que se faz sob a forma de pergunta/resposta, que permite
proclamar, por um lado a renúncia ao mal, e, por outro lado, a profissão de fé
em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Esta forma, muito litúrgica, porque estava
ligada à tripla imersão no batismo, é a mais simples. Para além do batismo
é também aconselhada na liturgia da Vigília Pascal.
-
Sim, renuncio.
- E a todas as suas obras?
-
Sim, renuncio.
- E a todas as suas seduções?
-
Sim, renuncio.
- Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador
do céu e da terra?
-
Sim, creio.
- Credes em Jesus Cristo, seu único Filho,
Nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou
dos mortos e está sentado à direita do Pai?
-
Sim, creio.
- Credes no Espírito Santo, na santa Igreja
católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da
carne e na vida eterna?
-
Sim, creio.
2º - O Símbolo dos Apóstolos ou o Credo Breve
O nome desta fórmula nasce de uma lenda que atribuía
aos Apóstolos a autoria do texto. Este Símbolo é considerado a «regra da fé,
breve e grande» (Santo Agostinho): breve pelo número das palavras, grande pelo
alcance capaz de evocar em poucas palavras a totalidade da fé cristã. É
usado sobretudo na oração pessoal e na catequese.
Creio
em Deus,
Pai
todo-poderoso, Criador do céu e da terra;
e
em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que
foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu
da Virgem Maria;
padeceu
sob Pôncio Pilatos,
foi
crucificado, morto e sepultado;
desceu
à mansão dos mortos;
ressuscitou
ao terceiro dia;
subiu
aos Céus;
está
sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de
onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio
no Espírito Santo;
na
santa Igreja Católica;
na
comunhão dos Santos;
na
remissão dos pecados;
na
ressurreição da carne;
na
vida eterna. Ámen.
3º - O Grande Credo ou Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Este texto não foi escrito, inicialmente,
para uso na liturgia; resultou de discussões teológicas complicadas. O nome
deste símbolo está relacionado com o Primeiro Concílio de Niceia (no ano 325) e
com o Primeiro Concílio de Constantinopla (no ano 381), onde foi feita uma
revisão do texto anterior. Este «Credo» possui uma tríplice estrutura: a
primeira estrutura é trinitária (Deus é confessado como único, mas também como
comunhão de três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo), a segunda
estrutura é narrativa (conta a História da Salvação); a terceira estrutura é
enunciativa (não se refere apenas ao conteúdo da fé, mas também aos sujeitos
que dele se apropriam, para o viver e testemunhar).
Creio
em um só Deus,
Pai
todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de
todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio
em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho
Unigénito de Deus,
nascido
do Pai antes de todos os séculos:
Deus
de Deus, Luz da Luz,
Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado,
não criado, consubstancial ao Pai.
Por
Ele todas as coisas foram feitas.
E
por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E
encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e
Se fez homem.
Também
por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu
e foi sepultado.
Ressuscitou
ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e
subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De
novo há de vir em sua glória,
para
julgar os vivos e os mortos;
e
o seu reino não terá fim.
Creio
no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e
procede do Pai e do Filho;
e
com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele
que falou pelos Profetas.
Creio
na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo
um só batismo para remissão dos pecados.
E
espero a ressurreição dos mortos.
e
a vida do mundo que há de vir. Ámen.
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