Hoje, dia da Ascensão do Senhor, comemora-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Este ano o Santo Padre partilhou uma surpreendente mensagem intitulada:
Silêncio e palavra: caminho de evangelização
"Silêncio e palavra:
dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar...
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo.
No silêncio escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento...
Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos às palavras e ideias...
No silêncio identificamos os momentos mais autênticos... o gesto, a expressão do rosto, o corpo.
No silêncio falam a alegria, as preocupações, o sofrimento...
O silêncio é essencial para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório.
O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras.
No silêncio de Deus, no silêncio da Cruz, no silêncio do sepulcro da manhã de Páscoa fala a eloquência do amor, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus.
Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação...
Palavra e silêncio.
Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar.
É particularmente importante para os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo."
Imprensa católica
Luís Veuillot (1813–1883) o grande jornalista católico, deixou no seu testamento estas palavras:
“Eu queria que, assim como se distribui a comida à porta dos conventos, assim se distribuíssem às portas das igrejas e dentro delas jornais católicos.
Queria que os
testadores católicos deixassem legados para a imprensa católica.
Queria que nos
negócios, nos armazéns, nas farmácias, nas oficinas, em suma em todos os pontos
de venda, se comprasse o jornal católico como se faz provisão de artigos para a
alimentação e as outras necessidades da vida.
Queria que no
livro de contas de cada família houvesse esta despesa: ‘para assinatura de jornais
católicos, tanto’.
Queria que os
meus companheiros de crença se compenetrassem bem desta verdade: ‘a boa
imprensa, eis a necessidade de hoje’.
Queria ter os
bolsos cheios de escritos e folhas soltas católicas para distribuí-las nos
comboios, nos eléctricos, nas ruas, nas visitas, nas igrejas, nos mercados, nas
escolas e em toda a parte.
Queria que
nenhum pobre pudesse fazer esta queixa: não leio jornais católicos porque não
tenho dinheiro para comprá-los.
Queria que ao
passar pelas ruas, toda a minha popularidade, recomendação e fama se resumisse
nestas palavras: ‘Aí vem um jornalista católico’.
Queria que ao pé
da cruz da minha sepultura escrevessem: ‘Aqui espera a esmola duma oração um
jornalista católico’.
(Mensageiro do Coração de Jesus, tomo LXVI, 1948, página
321)
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