4ª Feira - IV Semana Comum
Do evangelho de hoje:
“Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam:
Não é Ele o carpinteiro?
Jesus estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.”
As mãos de Cristo
- Diga-me, D. Luísa, se Jesus Cristo aparecesse ali à porta, como pensa seriam as suas mãos? – perguntou Leão Harmel à irmã de Luís Veuillot.
- Não sei… Talvez como estão representadas naquele quadro…
- Nada disso, D. Luísa. Seriam mãos de carpinteiro, endurecidas, calejadas…
- Ah! senhor, que horror!
- Elisa, já te esqueceste de que o nosso pai era tanoeiro? – interrompeu Luís Veuillot, de um canto da sala.
In Exemplário, Pe. Mário Salgueirinho, nº 537, Porto 1959
Jesus pertencia à classe dos artesãos, era um autêntico carpinteiro e filho de carpinteiro.
As mãos de Jesus eram como as nossas mãos para que as nossas mãos sejam semelhantes às suas mãos…
Como carpinteiro Jesus não nos ensinará a transformar madeira em cruzes, mas a transformar as nossas cruzes em fonte de vida.
O Carpinteiro dos nossos Corações
Jesus me mostrou que o carpinteiro pega um pedaço de madeira tão sem forma, tão sem valor e então aplaina, endireita, tira lascas, aplaina de novo, lixa e dá formas antes não esperadas...
O processo é tão bruto, tão artesanal, tão simples, mas uma coisa é certa: a madeira, ao fim do processo não será mais a mesma; ela será algo melhor do que antes.
A forma de Jesus trabalhar a vida daqueles que O buscam de todo o seu coração também é simples assim.
Ele pegou a nossa vida tão bruta, tão cheia de caroços e nós, de imperfeições e falhas e nos leva para a sua carpintaria e, com as suas simples ferramentas, simples, mas eficazes, começou a aperfeiçoá-las.
O trabalho é dolorido para muitos. Muitos de nós antes de cairmos nas mãos do carpinteiro de Nazaré éramos altos troncos, grandiosos na aparência, com grandes copas de orgulho, galhos estendidos mostrando os frutos do nosso poder e riqueza, porém, um dia veio o machado da decepção, da traição, da perda de alguém amado e derrubou-nos ao chão.
E quando achávamos que era o fim de tudo, ouvimos passos firmes no meio da floresta, e então vimos aquele homem simples que reflectia a paz e a mansidão. Ele então nos tomou nos seus braços e nos levou para a sua carpintaria.
Lá estávamos nós, cortados, feridos, marcados. Então, o nazareno começou a trabalhar em nós, arrancando as pontas, tirando a casca, aplainando os pontos tortuosos, lixando e tirando as farpas, trazendo assim rectidão à nossa forma antes indefinida e sem atractivo algum.
Ele arrancou tudo aquilo do passado que estava grudado e incrustado em nós, tirou a casca do nosso carácter e mostrou quem realmente somos, endireitou a nossa vida, lixou as farpas em nós que feriam tantas pessoas à nossa volta e nos deu um perfil novo.
Ele pegou então a madeira aplainada, limpinha, sem farpas nem nós ou pontas e começou a entalhar lindas formas.
E então, a nossa vida que antes era sem valor, começou a tomar forma e a chamar a atenção de todos, não por causa da madeira em si mesma, mas do trabalho lindo feito nela.
Tudo o que entregamos nas mãos de Jesus, Ele nos devolve melhor do que antes.
Entregaram-lhe água, Ele devolveu vinho, excelente vinho.
Entregaram-lhe a filha de Jairo morta, Ele a devolveu viva e saudável.
Entregaram-lhe um menino epiléptico, Ele o devolveu são e liberto.
Entregaram-lhe doze homens sem estudo algum, Ele os devolveu como pastores de corações.
Entregaram-lhe uma rude cruz, Ele a devolveu como Salvação para todo que nEle crê.
Entregaram-lhe água, Ele devolveu vinho, excelente vinho.
Entregaram-lhe a filha de Jairo morta, Ele a devolveu viva e saudável.
Entregaram-lhe um menino epiléptico, Ele o devolveu são e liberto.
Entregaram-lhe doze homens sem estudo algum, Ele os devolveu como pastores de corações.
Entregaram-lhe uma rude cruz, Ele a devolveu como Salvação para todo que nEle crê.
Jesus nos ama e quer mudar a nossa vida, transformar o nosso coração.
Entreguemos a nossa vida nas mãos do Carpinteiro de Nazaré e os nossos corações serão semelhantes ao d’Ele.
Entreguemos a nossa vida nas mãos do Carpinteiro de Nazaré e os nossos corações serão semelhantes ao d’Ele.
Adaptado de um escrito de Gean Pierre, 18/01/2009.
2 comentários:
Gloroa ati senhor
Bela reflexão!
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