Ano A - XXII Domingo Comum
"Quem quer ser meu discípulo, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me..."
Na nossa vida temos sempre, quer queiramos ou não, considerar 2 vontades:
A Nossa Própria Vontade
e a Vontade de Deus.
Tudo o que fazemos, decidimos ou esperamos é conformar a nossa vida com essa dupla vontade.
Consideremos duas ripas de madeira, uma maior e outra menor.
Se quisermos identificá-las com a Nossa Vontade e a Vontade de Deus, com certeza identificaríamos a maior com a de Deus e a mais cruta com a nossa própria vontade.
Como harmonizar essas vontades ou essas ripas?
- Ou coloco-as lado a lado como sendo paralelas. (Sinal de independência). Nunca conseguirei harmonizá-las, pois nunca se encontrarão. Estão ali, lado a lado como se não existissem uma para a outra. Assim não serve.
- Ou então posso colocar a ripa mais curta sobre a mais longa: sobrepor a nossa vontade limitada sobre a eterna vontade de Deus. (Sinal de autonomia, eu é que mando em mim). É uma loucura, pois fica sempre muito fora do nosso alcance. Assim não dá.
- Ou então posso colocar a ripa mais longa, a vontade de Deus, sobre a nossa, a ripa mais curta. (Sinal de aniquilamento). Também não é solução pois Deus não quer fazer desaparecer nada e nem ninguém.
- Só há uma solição: é colocar a ripa maior na vertical e sobrepor a menor na horizontal sobre a primeira, à maneira de cruz. Só assim podemos harmonizar as duas ripas ou as duas vontades: a minha e a de Deus em forma de cruz.
Tomar a cruz é conformar a nossa vontade com a de Deus, é unir as duas vontades.
A vontade de Deus é viver unido a Ele, colaborar com Ele, servir o semelhante, amar, oerdoar, fazer o bem.
Que a vontade de Deus seja a minha vontade e a minha vontade seja conformada à vontade de Deus.
Sempre que me benzo, faço a cruz, abençoo ou vejo um crucifixo posso lembrar-me que a cruz representa a união de duas vontade:
Senhor que eu queira o tu tu queres...
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