Era bela, rica, poderosa. Um dia conheceu Francisco, ouviu-o pregar e escolheu viver na mais absoluta pobreza. Santa Clara de Assis é a face feminina do franciscanismo. Conta a lenda que derrotou sarracenos com um raio de Sol e ensinou como se pode ser feliz sem nada
Celano, ao escrever a primeira biografia de São Francisco de Assis, em 1228, quando Clara não tinha mais do que 34 anos de idade (dos sessenta que deveria viver, quarenta e dois dos quais como Abadessa das Irmãs Pobres de São Damião) já fale dela como de uma santa canonizada:
"Clara... virgem no corpo e puríssima no coração; jovem em idade mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Rica em sabedoria, sobressaiu na humildade. Foi clara de nome, mais clara por sua vida e claríssima em suas virtudes...
Trecho da Bula de canonização de Santa Clara, publicada pelo Papa Alexandre IV, que canonizou a Santa a 15/8/1255
"Clara, preclara por seus claros méritos, clareia claramente no céu pela claridade da grande glória, e na terra pelo esplendor dos milagres sublimes. Brilha aqui claramente sua estrita e elevada religião, irradia no alto a grandeza de seu prémio eterno, e sua virtude resplandece para os mortais com sinais magníficos.
A esta Clara foi dado o título do privilégio da mais alta pobreza…
Esta Clara foi distinguida aqui por suas obras fúlgidas, esta Clara é clarificada no alto pela plenitude da luz divina. E a maravilha de seus prodígios estupendos declara-a aos povos cristãos.
Ó Clara, dotada de tantos modos pelos títulos da claridade! Foste clara antes da tua conversão, mais clara na conversão, preclara por teu comportamento no claustro, preclara pelos seus claros méritos, e brilhante claríssima depois do curso da presente existência!
O mundo recebeu de Clara um claro espelho de exemplo: por entre os prazeres celestiais ela oferece o lírio suave da virgindade.
Ó admirável clareza da bem-aventurada Clara, que quanto mais diligentemente é buscada em pontos particulares mais esplendidamente é encontrada em tudo. Brilhou no século e resplandeceu na religião. Em casa foi luminosa como um raio, no claustro teve o clarão de um relâmpago! Brilhou na vida, irradia depois da morte. Foi clara na terra e reluz no céu! Como é grande a veemência de sua luz e como é veemente a iluminação de sua claridade!"
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