Naquela manhã, convidei os alunos a rezar com os olhos fechados. Pareceu-me que gostaram da experiência. Ao tentar explicar que assim, sem distracções dos olhos, rezávamos com mais atenção, perguntei:
- Quem quer dizer, porque é que fechámos os olhos durante a oração?
Prontamente alguém respondeu:
- É que assim Jesus permanece cá dentro e não sai pelos nossos olhos.
- Quem quer dizer, porque é que fechámos os olhos durante a oração?
Prontamente alguém respondeu:
- É que assim Jesus permanece cá dentro e não sai pelos nossos olhos.
Eu fiquei a pensar nas palavras de Jesus: Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Cada distracção é uma espécie de porta por onde Deus se nos escapa. Rezar é assim permanecer em Deus, unidos como ramos à cepa. E Jesus conclui: Se permanecerdes em mim, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
Mas quem tem dificuldade em permanecer em quem? Deus em nós ou nós em Deus? É fácil ter um acto heróico, ter um momento de compreensão, aceitar um sacrifício, engolir uma palavra amarga. O difícil é permanecer nestas atitudes, manter-se assim durante muito tempo. Permanecer é ser fiel. O nosso dia-a-dia, as preocupações quotidianas e a nossa rotina são muitas vezes distracções que fazem Deus não permanecer em nós porque nós nos esquecemos d’Ele. Quem ama, permanece sem ser rotineiro mas sempre criativo.
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