3ª feira – IV semana comum
Jesus não engana
Já tive oportunidade de visitar a piscina dos Cinco Pórticos de que fala o trecho do Evangelho de hoje. Recordo vagamente que era
preciso descer por degraus íngremes e que, de facto, só havia lugar para uma
pessoa. Além disso, lá no fundo a água era pouca de modo que não dava para
muita gente. Por isso diziam, que um anjo vinha agitar ou despejar água com propriedades
curativas nesse poço.
Escavações arqueológicas trouxeram à luz a piscina de
Betsatá ou Betesda (em hebraico = casa das azeitonas), perto da porta das
Ovelhas, na antiga Jerusalém. Foi descoberto também que havia uma falcatrua: o
que movimentava a água não era um anjo do céu, mas um sistema enganoso
subterrâneo. As águas medicinais eram acumuladas e a determinada altura, por si
próprias vazavam-se no pequeno tanque. Assim, os doentes eram iludidos pensando
na ação de um anjo. Jesus, por sua vez, não ilude ninguém. Ouviu as queixas
daquele homem e lhe curou por pura compaixão. Deus não mente, não iludiu
ninguém, por isso, nele podemos confiar.
Jesus recompensa a persistência
Um homem paralítico estava nessa piscina há 38 anos. É
de facto muito tempo. Jesus foi um anjo ou mensageiro de esperança para esse
homem. Não sei o que mais tenho de admirar, se a iniciativa de Jesus ou a
persistência do paralítico.
Jesus entra pela porta das ovelhas
Era por ocasião de uma festa. Jesus entrou pela Porta
das Ovelhas. Não entrou pela porta principal por que não buscava pompas. Entrou
como cordeiro pela Porta das Ovelhas. Esta era uma porta secundária, destinada
aos animais a serem sacrificados. Além disso, era um espaço onde se aglomerava
os mais pobres e que precisavam de ajuda e não se podiam misturar com os ricos.
Jesus entrou pela Porta das Ovelhas como cordeiro a
ser sacrificado na festa da Páscoa.
Jesus entrou pela Porta das Ovelhas, na humildade e simplicidade, mas também
por que era aí que estavam aos pobres e humildes a quem queria servir.
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