No
dia em que começa a Primavera, faço eco da mensagem do Papa Francisco para a Quaresma
2019 – A criação encontra-se em expetativa ansiosa aguardando a revelação dos
filhos de Deus (Rm 8,19)
“Se
o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar
pelo Espírito Santo, e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela
lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação,
cooperando para a sua redenção.
Rompendo-se
a comunhão com Deus, acabou por fracassar também a relação harmoniosa dos seres
humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim
se transformar num deserto.
Se
alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou e eis que
surgiram coisas novas. Com a sua manifestação, a própria criação pode também
fazer páscoa.
A
quaresma do filho de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para
fazê-la voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus que era antes do pecado
das origens. Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a
esperança de Cristo também à criação…”
Comentário
A
mensagem aponta para uma dupla dimensão:
A
dimensão pascal da criação.
A dimensão
criadora da Páscoa.
A
páscoa começou por ser celebrada como passagem da natureza, renascimento,
primavera da criação até que Cristo ressuscitando, se tornou a verdadeira
Páscoa que a todos faz renascer.
A
páscoa é o espelho da primavera.
A
primavera é o reflexo da páscoa.
A
primavera é a páscoa da natureza.
A
páscoa é a primavera da alma.
Se
o pecado consiste em fazer do jardim um deserto,
a
redenção consistirá em fazer do deserto um jardim.
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