3ª
feira – V semana da Páscoa
Na
1ª leitura Paulo foi apedrejado, atirado para fora da cidade e dado como morto.
Mas quando os discípulos se aproximaram, ergueu-se e foi com eles…
Não
sei quem é que mais precisava de quem – se Paulo precisava mais da comunidade
ou se a comunidade precisava mais de Paulo.
É
a comunidade que faz um pregador e é um pregador que faz uma comunidade.
Parece-me,
no entanto, que aqui a origem da reanimação de Paulo e da comunidade dos
discípulos foi outra: onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu
estarei no meio deles, disse um dia Jesus…
De
facto, Paulo estava como morto e a comunidade estava sem pastor, mas quando
todos se reuniram em nome de Jesus, todos se ergueram com a presença e a força
de Deus.
No
trecho do Evangelho Jesus ao despedir-se dos seus discípulos pede-lhe para não
se deixarem perturbar nem intimidar… Porque poderiam ficar tristes com a
despedida, mas não seria o fim…
De
facto na paixão e morte de Jesus pareceu-lhes o fim de tudo e afinal foi o
princípio de tudo… Agora, com a subida ao céu, parecia-lhes que tudo acabava,
mas afinal seria o começo de tudo.
Às
vezes também nós pensamos que estamos num beco sem saída, ou que tudo vai por
água abaixo, ou que é o fim da comunidade, da igreja, da fé… As preocupações só
aumentam as perturbações…
Há
que confiar – quando tudo parece terminar, é que tudo está a começar.
Deixemo-nos
renovar.
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