terça-feira, 1 de maio de 2018

Não se perturbe o vosso coração


3ª feira – V semana da Páscoa

Na 1ª leitura Paulo foi apedrejado, atirado para fora da cidade e dado como morto. Mas quando os discípulos se aproximaram, ergueu-se e foi com eles…
Não sei quem é que mais precisava de quem – se Paulo precisava mais da comunidade ou se a comunidade precisava mais de Paulo.
É a comunidade que faz um pregador e é um pregador que faz uma comunidade.
Parece-me, no entanto, que aqui a origem da reanimação de Paulo e da comunidade dos discípulos foi outra: onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles, disse um dia Jesus…
De facto, Paulo estava como morto e a comunidade estava sem pastor, mas quando todos se reuniram em nome de Jesus, todos se ergueram com a presença e a força de Deus.

No trecho do Evangelho Jesus ao despedir-se dos seus discípulos pede-lhe para não se deixarem perturbar nem intimidar… Porque poderiam ficar tristes com a despedida, mas não seria o fim…
De facto na paixão e morte de Jesus pareceu-lhes o fim de tudo e afinal foi o princípio de tudo… Agora, com a subida ao céu, parecia-lhes que tudo acabava, mas afinal seria o começo de tudo.
Às vezes também nós pensamos que estamos num beco sem saída, ou que tudo vai por água abaixo, ou que é o fim da comunidade, da igreja, da fé… As preocupações só aumentam as perturbações…
Há que confiar – quando tudo parece terminar, é que tudo está a começar.
Deixemo-nos renovar.




Sem comentários: