O primeiro santo nascido nos Açores
Neste
dia 15 de outubro o Papa Francisco canonizou o Pe. Ambrósio Francisco Ferro,
missionário no Brasil, martirizado juntamente com outros colegas e paroquianos a
3 de outubro de 1645. Faz parte dos 30 protomártires do Brasil que foram mortos
no território de Natal, então sob jurisdição portuguesa.
Não
sabemos outros dados da origem deste santo. Era natural da Ilha Terceira e
tinha uma irmã, conhecida como a açoriana, D. Inês Duarte, casada com António
Vilela Cid, espanhol, também martirizado na mesma altura.
O
Pe. Ambrósio era vigário do Rio Grande e foi levado com outros sacerdotes e
fiéis para Uruaçu onde soldados holandeses e cerca de duzentos índios, cheios
de aversão aos católicos, os torturaram e assassinaram.
A
evangelização no Rio Grande do Norte (Brasil) foi iniciada em 1597 por
missionários jesuítas e sacerdotes diocesanos, originários de Portugal. Nas
décadas seguintes, a chegada dos holandeses, de religião calvinista, provocou a
restrição da liberdade de culto para os católicos, contexto em que se verificou
o martírio destes santos.
Foram
beatificados por João Paulo II, no Vaticano, a 5 de março de 2000, que os
apresentou como “as primícias do trabalho missionário, os protomártires do
Brasil”.
É
também natural dos Açores (Angra) o missionário jesuíta João Baptista Machado,
martirizado em 1617 no Japão e beatificado há 150 anos.
Isto quer dizer que esta terra é sementeira de santos. Aqui nasceram e foram dar fruto em terras longínquas.
Esta
terra não é fértil apenas em ciclones, anticiclones ou furacões. Não dá apenas
bom inhame, ananases, vacas e bons queijos... Esta terra é fértil também em
santos, em missionários e em testemunhas de Cristo.
Estes
santos pertencem à nossa raça para nos lembrar que nós pertencemos à raça dos
santos.
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