sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Centenário de Fátima




















A Despedida de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Primeiro escrito da vidente Lúcia sobre as aparições, feito a pedido do seu confessor, no Asilo de Vilar, Pe. Manuel Pereira Lopes. Publ.: DCF, III-3 - Doc. 685, 05/01/1022

A Sexta aparição, 13 de outubro de 1917
Como todos os outros meses dirigimo-nos ao pé da carrasqueira para vermos a Senhora. Deu um relâmpago e apareceu a Senhora.
- O que é que vossemecê me quer hoje?
- Quero-te dizer que não ofendam mais a Deus Nosso Senhor porque já está muito ofendido e que continuem a rezar o terço todos os dias e quero que façam aqui uma Capelinha à Senhora do Rosário.
- Então como é que vossemecê se chama?
- Eu sou a Senhora do Rosário.
Agora eu compreendi que ela disse assim: “Quando Eu chegar ao céu a guerra acaba hoje”. Mas a minha prima Jacinta disse que ela tinha dito deste modo. “Se o povo se emendar, a guerra acaba hoje. Por isto não posso afirmar de qual foi o modo que ela pronunciou estas palavras.
- Quero-lhe pedir por aquelas pessoas que me pediram para a Senhora as curar, umas coxas, outras cegas outras mudas, outras doentes.
- Umas curo outras não.
E nisto subiu para o lado do nascente como todos os outros meses; indo a tal altura que o azul do céu e as nuvens não nos deixaram ver mais. Tendo-se escondido, olhámos para o sol e vimos ao lado direito do sol um homem da cinta para cima, com um menino ao colo fazendo cruzes † com a mão direita; e na outra tinha um menino vestidinho de branco, tinham em volta um grande resplendor que nos não deixava olhar à nossa vontade. Ao lado esquerdo, Nossa Senhora tal qual tinha descido à azinheira. Acabando de fazer as cruzes Santo José com o Menino e Nossa Senhora desapareceram. Logo em seguida apareceu ao lado direito do sol Nosso Senhor vendo só da cinta para cima, tinha o vestido vermelho. Do outro lado Nossa Senhora das Dores com um manto roxo; e sempre cobertos com o resplendor que parecia cegar-nos; com isto desapareceram e nunca mais vi nada até hoje. O vestido de Nossa Senhora era destas cores: o vestido era todo branco; tinha duas estrelas da cinta para baixo, uma na direção da outra; ao pescoço um cordão com uma bola chegava até à cinta; as mãos postas, e delas caíam umas contas não sei se era Rosário se era Terço branco com um crucifixo, também branco. O manto cobria-lhe a cabeça até ao fim do vestido. Tinha uma beirinha doirada; os pés não sei se tinham meias se vinham descalços, porque eu não lhe diferenciava os dedos, era por causa da luz que não me deixava fiá-los, tudo em volta dela era uma luz tão brilhante e tão forte…


O milagre do sol

Carta do Pe. Manuel Pereira da Silva1, pároco de Monte Redondo, ao Pe. António Pereira de Almeida, então na paróquia de Mata Mourisca, concelho de Pombal, sobre a aparição do dia 13 de outubro de 1917. Publ.: DCF, III-1 - Doc. 55

Meu caro
O prometido é devido. Escrevo-lhe de Monte Redondo às 9 e ½ da noite de 13 do corrente. Nossa Senhora fez-me a vontade. Dignou-se dar sinal evidente da sua aparição às pequenas da Fátima.
Ao meio dia estavam na Fátima mais de noventa automóveis, uma infinidade de carros de todos os tamanhos, formas e feitios, e uma multidão enorme de pessoas. Tudo molhadinho, encharcado, a escorrer, mas alegre. Cerca do meio dia vieram as pequenas ao local e começaram, como de costume, rezando o terço. Acabado ele, perguntaram os pequenos a Nossa Senhora do Rosário se dava o tal sinal prometido. Imediatamente apareceu o sol com a circunferência bem definida. Aproxima-se como que até à altura das nuvens e começa girando sobre si mesmo vertiginosamente como uma roda de fogo preso, com algumas intermitências, durante mais de oito minutos. Ficou tudo quase escuro e as feições de cada um eram amareladas. Tudo ajoelhou mesmo na lama. Em todo o tempo, aqui e além, cantava-se, rezava-se, etc. Tudo saiu satisfeito. As pequenas disseram que apareceu Nossa Senhora do Rosário. Depois apareceu (quando o sol deu sinal) S. José. As pequenas disseram que este dissera que hoje, ou breve, seria arvorada a bandeira da paz; que rezassem o terço que em breve cá teriam as nossas tropas; que fizessem penitência, que mudassem de vida, de contrário se acabaria o mundo…




Sem comentários: