O
Natal dos pastores
Eles
estavam todos sujos, pois trabalharam a noite toda.
Também
estavam suados por terem subido a correr os morros para chegarem a Belém.
Apressaram-se para deixar as suas ovelhas num lugar seguro e ir direto ao palácio real para
presenciar a maior notícia de todos os tempos!
A
cara de espanto ainda era, pelo facto de nunca terem visto um anjo antes, algo
que nunca mais esquecerão. Outra surpresa os esperava,
Ofegantes
pela notícia de que o rei de Israel viria, encontraram um pequeno aprisco para
deixar a carga, ou melhor, as ovelhas.
Não
foi tão barato o preço combinado com a mulher da hospedaria pelo aluguer de
algumas horas do aprisco.
Ela
falou que uns refugiados se encontravam no local por caridade própria, mas que
ela já iria tirá-los para dar lugar às ovelhas.
Ela
abriu a tosca porta, com os sete homens sujos atrás, conversando alto sobre a tática
de como entrariam no palácio para ver o recém-nascido.
Quando ouviram um suave murmúrio lá de dentro, no escuro: shiiiiiiiu!
Visão
difícil de acreditar: uma mulher, um homem, cheios de ternura, e uma criança
dormindo um sono sereno dentro da manjedoura dos animais, exatamente a cena que o anjo
havia falado que iam encontrar, mas no lugar errado, pelo menos para a mente
daqueles pastores. O que esperavam encontrar num palácio, viram numa simples
gruta…
Eles
ficaram tão atónitos com a visão que nem sequer entraram no aprisco, pois
entenderam que o lugar era santo.
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