sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Santo Educador


Na memória de São João Bosco

Ele santificou-se educando a juventude... e educando tornou-se santo.

Quem educa torna-se santo...
Quem é santo sempre educa...

O melhor apostolado é a sua santificação.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Lâmpada no candelabro


5ª Feira - III Semana Comum

Uma lâmpada é acesa para ficar no candelabro para que a sua luz possa chegar a todos:

Luz da fé que mostre o caminho aos que não crêem.
Luz do amor que abra o coração aos que vivem no ódio.
Luz da esperança que mostre o rumo aos que se sentem perdidos.
Luz da verdade que dissipe as trevas dos que erram.
Luz do Evangelho que mostre a Palavra aos que não a conhecem.
Luz de Deus que manifeste a Sua presença a quem nunca O viu.
Luz da graça que envolva todos aqueles que nunca a experimentaram.

Assim se compreende que o candelabro tenha 7 braços.

 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dançar com entusiasmo

3ª Feira - III Semana Comum

David dançava com todo o entusiasmo diante da Arca de Deus…

Comentário do Papa Francisco, nesta manhã, à Primeira Leitura:
“Exultamos com um golo, mas louvamos a Deus com frieza…
Somos capazes de gritar entusiasmados quando a nossa equipa marca um golo, mas não somos capazes de louvar o Senhor com todo o entusiasmo. Não queremos perder a compostura para cantar e por isso não rezamos com todo o coração…
Quem se fecha na formalidade de uma oração fria, comedida, talvez acabe na esterilidade da sua formalidade.
Mas eu sei louvar o Senhor com todo o coração?”


domingo, 26 de janeiro de 2014

Seguidores


Ano A - III Domingo Comum

Jesus veio chamar apóstolos, veio chamar seguidores e não admiradores.
 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Memorial Pe. Colombo (15)


Parabéns ao Pe. Ângelo Colombo



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

“Cristóvão Colombo descobriu a América,
mas eu, Padre Ângelo Colombo,
descobri o coração dos Madeirenses!”

(Palavras do Pe. Colombo, a 17/10/1991 no Colégio Missionário)
Foto de Roberto Viana

Memorial Pe. Colombo (14)


Celebração Natalícia

A Crónica do Colégio Missionário, no dia 25 de janeiro de 1949, transcreve um “poema ao Superior Pe. Ângelo Colombo, que celebrava nesse dia o seu 36º aniversário:
 
Há pouco mais de um ano,
Apareceu entre nós, um padre italiano,
Alto, magro, bem parecido.
Que veio fazer à Madeira este padre desconhecido?
Tratamos logo de saber
Quem era este senhor, e logo nos vieram dizer
Ser um padre missionário
Que vinha fundar na Madeira um pequeno seminário.
Toda a gente se alegrou
E hoje todo o Funchal sabe, que esse padre chegou
Erguendo alto a cruz
Símbolo da fé ardente, pretende em nome de Jesus
Neste torrão português
Alistar alguma gente, o que fará, sim, talvez…
Para que lado a lado, à dianteira,
O sigam na mesma esteira, e vão por esses sertões
Dessa África ignorada
Ensinar àquelas gentes, o Santo Nome de Deus
Naquelas terras ardentes…
Quereis agora saber
Quem é esse herói audaz, que nos dá honra, fama e glória?
É o senhor Padre Colombo e, o seu nome,
Conservai-o bem na memória.

 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Harpa e funda


4ª Feira - II Semana Comum

1ª Leitura:
“Admirável foi David na harpa e admirável na funda: com a harpa afugentava Demónios, com a funda derrubava gigantes
Tais são hoje as duas ações ou verdadeiramente as duas cenas deste grande teatro: harpa e funda, coro e púlpito, música e sermão.” (Pe. António Vieira)

Evangelho:
Jesus disse:
- Estende a mão atrofiada…
O homem estendeu-a e a mão ficou curada.
Quem não se convence que está doente, nunca quererá ir ao médico…
Reconhecer e aceitar as nossas próprias limitações é o primeiro passo para vencê-las.
Todo o mundo tem defeitos e limitações e comete erros e enganos.
Esconder isso é não aceitar-nos como somos, é não acolher-nos a nós mesmos, é negar-nos ou enganar-nos a nós mesmos.
Porque quando a gente se aceita, fica muito mais fácil reconhecer-se nas situações, nos sentimentos, nas escolhas e nas relações.



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Jovens e velhos


3ª Feira - II Semana Comum


1ª Leitura:
O Velho profeta Samuel escolhe e unge o jovem David.

Tenhamos em conta que, todas as vezes que intentamos ler os sinais dos tempos, é conveniente ouvir os jovens e os idosos.
Tanto uns como outros são a esperança dos povos.
Os idosos fornecem a memória e a sabedoria da experiência, que convida a não repetir tontamente os mesmo erros do passado.
Os jovens chamam-nos a despertar e a aumentar a esperança, porque trazem consigo as novas tendências da humanidade e abrem-nos ao futuro, de modo que não fiquemos encalhados na nostalgia de estruturas e costumes que já não são fonte de vida no mundo atual. (Papa Francisco no § 108 da Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho).


Do Evangelho:
“E Jesus acrescentou: O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.”

No velho livro de orações hebraicas há uma linda oração que começa com estas palavras:
Mais do que Israel guardou o Sábado, o Sábado guardou Israel…
Nós poderíamos dizer a mesma coisa:
Mais do que nós cumprimos o preceito, é o preceito que nos mantém unidos como povo, como igreja.
Mais do que guardar um mandamento, é o mandamento que nos guarda e nos sustenta.
Mais do que celebrar a Eucaristia, a Eucaristia é que nos congrega e nos faz.
Mais do que termos fé, é a fé quem nos tem.
Não somos nós a servir o Sábado, é o Sábado que nos serve.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cristãos unidos


Presidente da celebração: 
Os povos indígenas do Canadá seguem um antigo ritual de rezar olhando em diferentes direções. Com eles vamos rezar juntos dirigindo o nosso olhar para cada uma das direções apontadas.

Olhando para o LESTE
P: Do leste, a direção de onde o sol nasce, recebemos paz, luz, sabedoria e conhecimento.
Todos: Nós te agradecemos, ó Deus, estes dons.

Olhando para o SUL
P: Do sul vem o calor, a educação, o começo e o fim da vida.
T: Nós te agradecemos, ó Deus, estes dons.

Olhando para o OESTE
P: Do oeste vem a chuva, a água potável que mantém os seres vivos.
T: Nós te agradecemos, ó Deus, estes dons.

Olhando para o NORTE:
P: Do norte vem o vento frio e forte e a neve branca que nos dá força e resistência.
T: Nós te agradecemos, ó Deus, estes dons.

Virando-nos para a frente e olhando para CIMA
P: Dos céus recebemos as trevas e a luz e o ar que respiramos.
T: Nós te agradecemos, ó Deus, estes dons.

Olhando para BAIXO
P: Da terra viemos e à terra voltaremos, porque somos barro nas mãos de Deus.
T: Nós te agradecemos, ó Deus, toda a criação que nos deste como nossa casa comum.

P: Que possamos, Senhor nosso Deus, caminhar juntos pelos caminhos deste mundo de fraternidade com todos os nossos irmãos e de harmonia com toda a criação, à imagem do teu Filho Jesus Cristo, que passou entre nós fazendo o bem. Que o Espírito divino nos ajude a renovar assim a face da terra.
T: Ámen!

(Adaptação da oração da semana de oração pela unidade dos cristãos, proposta este ano pelas comunidades ecuménicas do Canadá)


Vinho novo


2ª Feira - II Semana Comum

- Vinho novo em odres novos 
Jesus é o vinho novo, o vinho da nova e eterna aliança.
Nós somos os odres prontos para receber esse vinho novo.
O vinho novo só pode ser recebido em odres novos.
Renovemo-nos para acolher o vinho novo que é Cristo Jesus.

- 3 palavras do evangelho de hoje
Unidade, integridade, radicalidade.
Unidade = não podemos ser uma manta de retalhos. 
Integridade = o nosso coração não pode ser dividido, não podemos servir a 2 senhores.
Radicalidade = Sim, sim, Não, não. Ou sim ou sopas. Pão pão, queijo queijo. Não podemos agradar a Deus e não ficar mal com o diabo. É preciso optar.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Abrir os olhos, a boca, o coração


Ano A - II Domingo Comum

Duas personagens no trecho do Evangelho
Duas ações em cada personagem.

João Batista:
- Viu (Jesus que se aproximava)
- Proclamou (Eis o Cordeiro de Deus)
Não basta ver, é preciso proclamar.
E para proclamar é preciso ver.
Há muitos que falam sem terem visto, falam de cor.
Mas há também quem não queira ver.
Para que o nosso coração se abra à salvação é preciso primeiro abrir os olhos (ver) e abrir a boca (proclamar ou testemunhar).

Jesus
- Vem ao nosso encontro
- Tira o pecado do mundo.
Jesus tem sempre a iniciativa, vem sempre ao nosso encontro.
Ele tira o pecado, purifica-nos, limpa-nos, embeleza-nos.
Quando Ele está perto de nós, sentimo-nos limpos e puros como Ele, sentimo-nos belos e dignos.
Que Ele tire o pecado do mundo de cada um de nós.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Memorial Pe. Colombo (13)


Quem fala assim... é o Pe. Ângelo Colombo!


A dedicação é o segredo de todo o sucesso para todos pessoalmente e para toda a Obra. (CC 15/9/52)

A nossa primeira colaboração é a oração. (CC 16/7/51)

Belas coisas são a verdade e a caridade! A verdade nos livrará do mal e a caridade nos unirá no bem, quer dizer, fará que nos amemos e amemos a Deus. (CC 16/7/51)

É mais fácil ocupar-se de batatas, de pedras e também de ministério, do que santificar a própria casa. Não nos desviemos: esta é a nossa obrigação. (CC 15/9/52)

Eis o primeiro dever do Superior: ocupar-se dos seus é indiretamente ocupar-se também dos outros. (CC 15/9/52)

Mesmo que os Religiosos tenham um Diretor Espiritual, o Superior não pode esquecer que o verdadeiro Diretor Espiritual da Casa é ele e que lhe compete orientar para Deus os seus Religiosos, segundo o espírito do Instituto. (CC 15/9/52)

Não se pode inculcar um ideal, se não estamos imbuídos dele; não se pode dar o sobrenatural, se não o vivemos; não se pode elevar, se nós próprios não nos encontramos em constante tensão de elevação. (CC 15/9/52)

Ninguém ficará a perder obedecendo. (CC 16/7/51)

Nós somos filhos do nosso tempo e do nosso ambiente, e trazemos um pouco connosco os seus defeitos. (CC 2573/54)

O espírito de crítica, isto é, o comentário preocupado e amargo das falhas do irmão ou dos Superiores é contra o Evangelho e tem como castigo corroer a unidade, separar-se e separar da unidade, criar o cisma, a rebelião, o rebaixamento do sobrenatural ao natural. (CC 15/9/52)

O Espírito Santo inspira sempre bem, mas às vezes podem errar aqueles que o interpretaram! (CC 16/7/51)

O mundo inteiro não vale uma alma, e um grau de graça vale mais do que todos os tesouros da terra. (CC 15/9/52)

Os Sacerdotes, sobretudo se jovens, têm a necessidade e o direito de ser chamados à atenção, instruídos e formados à prática da vida regular. (CC 15/9/52)

O Superior é Pai, guarda e guia da sua Casa. Pai que pensa em tudo, guarda do espírito e guia para Deus. (CC 15/9/52)

Pater famílias assegura o sustento, a guarda, a orientação da Casa: sustento material, guarda do espírito, orientação para Deus. As três tarefas completam-se e são de igual importância para efeitos de responsabilidade; mas seria um pobre Pai o Superior que, à semelhança de tantos pais de família, se dedicasse a assegurar o pão de cada dia e se ocupasse muito pouco das outras duas obrigações, objetivos verdadeiros e supremos da família e da vida natural, quanto mais da religiosa. (CC 15/9/52)

Pretender formar os Alunos, descurando os já formados é como construir um muro deixando cair o anterior, é trabalhar sem se importar com a ferramenta. Esforço desperdiçado! (CC 15/9/52)

Se se perder uma alma, devido à nossa falta ao trabalho, que justificação poderemos apresentar ao Senhor? (CC 15/9/52)

Sim, deve-se estudar o que é melhor, deve-se tentar o que é novo, é preciso organizar, clarificar, aligeirar, modernizar. (CC 15/9/52)

Todos sabemos que o trabalho é salvação. (CC 8/9/51)

 

 

 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Memorial Pe. Colombo (12)


Chegada à Madeira

Pelo meio dia do 15 de janeiro de 1947, os dois fundadores da Presença Dehoniana em Portugal, largaram do maravilhoso estuário do Tejo para a sua terra prometida: a Madeira…
Muito antes da primeira claridade do dia 17 de janeiro, já eu estava de pé, pois tinham anunciado a chegada ao Funchal logo para a manhã cedo. Rezei as orações da manhã fiz a meditação, recitei o breviário (pois no navio Carvalho Araújo não havia capela) e… esperei, olhando para o horizonte na monha frene. Mas nada aparecia! Finalmente, no lado poente, lá ao longe, aparecia uma luzinha.
- É a Madeira? – perguntei a um marujo.
- Não! É o farol do Porto santo. Daqui a duas horas estaremos na Madeira!
O mar estava calmo, o céu sereno. A oriente aparecia a claridade suave preanunciando a chegada do grande astro, enquanto, lá no alto, as estrelas desapareciam. Improvisamente, uma meia lua surgia das ondas… foi crescendo… tornando-se redondo… transformando-se em esplendor. Era o sol!
Eu não era poeta… mas naqueles instantes… até me veio à mente a exclamação de um poeta: C’est lui! C’est la vie!
Ainda um pouco e estaremos na Madeira – disse comigo.
Apareceu o farol de S. Lourenço que depois de uma longa meia hora, o dobrámos e entrámos no mar da Madeira.
Agora, já muita gente estava na amurada do lado poente do navio a contemplar a costa madeirense. Eis Machico, a primeira baía visitada pelos descobridores. Eis Santa Cruz. Eis as lombadas de Gaula e as encostas do Caniço. Todos os olhos descansavam na visão verde das bananeiras… dos poios de batata doce… dos bosques de pinheiros e eucaliptos lá ao alto.
Passámos um cabo, um rochão escuro e a pique sobre o mar e eis a baía do Funchal, com o seu casario em anfiteatro subindo do mar até aos bosques da serra, espraiando-se de S. Gonçalo a S. Martinho.
… Com as malas perto de nós, encostámo-nos à amurada de levante, à espera da possibilidade de descer. Era por volta das 10 horas.
Avistámos dois eclesiásticos, que deviam estar à nossa espera porque acenavam e faziam sinais… Um era o Pe. Laurindo Leal Pestana e o outro era, o então seminarista, Agostinho Jardim Gonçalves. Pouco depois subimos para um carro descoberto que nos levou diretamente para a residência do Sr. Bispo, D. António Manuel Pereira Ribeiro que nos acolheu efusivamente, apesar do seu porte de dignidade e gravidade.
Depois fomos celebrar missa à Igreja do Socorro, paróquia do Pe. Laurindo, já passava das onze. À celebração da missa seguiu-se o almoço… um almoço de festa. O anfitrião abriu uma garrafa de vinho Madeira de 1847. Cem anos a festejar a nossa vinda! Que honra!- pensámos nós.
À chegada à Escola de Artes e Ofícios, onde nos íamos alojar, fomos recebidos com uma banda de música… Ainda hoje um espetáculo com teatro e canções.
Já noite fomos saborear uma cama que não baloiçava, consolados e bem impressionados com o bom acolhimento e a festa. Só mais tarde é que viemos a saber que toda aquela festa era para celebrar o aniversário do Pe. Laurindo, que coincidiu com a nossa chegada. E nós a pensar que a festa era para nós!

(Memórias do Pe. Ângelo Colombo, Lisboa, 1994)

Santo secular


Depois da missa perguntei às irmãs se sabiam se o santo do dia, Antão, Abade, era um santo religioso ou secular.
- O senhor padre não sabe isso!? Acabou de celebrar a missa da memória de um santo religioso…
- Mas irmã, olhe que eu digo que ele era um santo secular… disso tenho eu a certeza.
- Não diga mais nada… está aqui no diretório litúrgico: comum dos santos religiosos.
- As irmãs têm razão e eu tenho razão também: ele viveu até aos 106 anos, portanto era um santo SECULAR!
- Ah, assim sim… eu já pensava que o senhor padre é que não estava a REGULAR!

Tantos caminhos


6ª Feira - I Semana Comum

Primeira leitura
O Povo de Israel quis ser como os outros povos, quis ter um rei…
É uma tentação ainda atual: querer ser como os outros em vez de esperar que os outros queiram ser como nós.
O povo de Deus é que deve influenciar os outros e não o contrário.
Os outros é que devem acomodar-se a nós e não o contrário.

Evangelho
Fizeram descer o catre com um paralítico pelo teto até ao local onde estava Jesus…
Não interesse como vamos até Jesus, por que caminho chegamos até Ele.
O mais importante é o caminho e a forma como voltamos do encontro com Ele.
Não interessa o caminho que nos leva a Jesus, mas sim o caminho que nos traz de volta do encontro com Jesus.

Santo do dia
Santo Antão, Abade, no século IV viveu no deserto, isolado, sem comunicações, nem publicidade… e todos iam ter com ele para pedir conselhos ou serem instruidos, até mesmo imperadores e altos dignitários.
Como é que é possível que o seu conhecimento pudesse chegar tão longe?

É porque a santidade é uma espécie de perfume que se espalha sem se saber como e vai longe sem se saber por onde e marca uma presença sem se dizer palavra…

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Estendendo a mão


5ª Feira - I Semana Comum
1ª Leitura
Os filisteus disseram: Ai de nós que a Arca de Deus está no acampamento.
Nós dizemos: Felizes nós pois Deus está o acampamento... Deus plantou a sua tenda entre nós.
Evangelho:
Um leproso prostrou-se de joelhos diante de Jesus que, compadecido, estendeu-lhe a mão e curou-o.
Jesus estendeu a mão ao leproso porque este deixou espaço para isso pois estava de joelhos...
Se achamos que Deus não se compadece de nós ou não nos entende a mão, é sinal deque nós não lhe damos espaço para isso.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Perfil heroico


A data do início da sua congregação deixou-a a Irma Wilson registada numa agenda, no dia 15 de Janeiro de 1884:
“Amélia Amaro de Sá, Irmã Maria Elisabeth e Irmã Maria de S. Francisco se juntaram em 1884 para fundar a Congregação Franciscana de S. S. das Vitórias”. (MDW 45)

Um grande momento registado por palavras tão parcas e simples, mas daqui podemos traçar o perfil de uma fundadora, realçando as suas virtudes heroicas

Perfil heroico de uma fundadora

- Maturidade = dia em que a irmã Maria Elisabeth completava os 18 anos. Independência e responsabilidade em relação a outros .
- Comunhão = juntaram-se. Ninguém se salva sozinho. Amor à Igreja. Filiação na Família Franciscana. Colégio São Jorge.
- Partilha = ambas fundaram a congregação. Regra e espírito de São Francisco. Levar aos outros as graças recebidas.
- Identidade = ambas Maria, Senhora das Vitórias. Mesmos sentimentos e mesma adesão a Deus Pai. Identificar-se com os pobres, doentes e necessitados.
- Santidade = dar espiritualidade à vida e dar vida à espiritualidade. Cada carisma é um jeito próprio de santificar a vida e dar vida à santidade.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cala-te e sai...


3ª Feira - I Semana Comum


Da Primeira Leitura:
- Com lágrimas se reza a pedir e com lágrimas se agradece.
- Rezar é 'desabafar', é abrir o coração a Deus.

Do Evangelho:
- Autoridade de Jesus.
Autoridade e autor provêm do mesmo étimo. Vêm do verbo augere que significa fazer crescer, aumentar, produzir, ser o promotor e o responsável por alguma coisa. Autoridade é a qualidade do autor, de quem faz crescer, do fundador de alguma coisa, o que tem o poder de fazer ou é o responsável por isso. É o contrário de autoritarismo que é a qualidade de quem faz crescer a si mesmo, que se promove a si mesmo... e faz diminuir os outos. Jesus falava com autoridade, isto é, fazia crescer os outros, promovia quem o escutava, levantava quem estava em baixo... Era mesmo uma autoridade, um autor que fazia crescer os outros.
- Cala-te e sai desse homem...
Em geral nós dizemos: come e cala-te, de maneira ofensiva, quando queremos que alguém não refile. Devíamos dizer antes: cala-te e come... não gastes tempo com palavras, come porque é para isso que aqui estás. Jesus também convida alguém a calar-se e a sair... como que a dizer que se deve afirmar não pelas palavras, mas pelas obras. Cala-te, não digas nada, pois não é quem diz Senhor, Senhor... Não digas nada, mas sai, faz, mostra obras e não palavras...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Estar ocupado


2ª Feira - I Semana Comum

A - Vem
Começámos, há tempos, um novo ano litúrgico com o Advento repetindo insistentemente: Maranathá, vem Senhor.
Iniciamos, agora, o tempo Comum, em que Jesus insistentemente nos repete: Vem e segue-me.
É próprio do cristão ir ao encontro de Deus e deixar que Deus venha ao seu encontro.
Quanto mais repetimos Vem Senhor, tanto mais Ele nos repetirá Vem e segue-me.

B – Estar ocupado
Jesus chamou para colaborar consigo dois pares de irmãos; uns que estavam a lançar as redes e outros que consertavam as redes. Ele não convidou ninguém que estivesse desocupado.
Conta o Cardeal Seán O’Malley que certo dia, o arcebispo de Nova Iorque recebeu, pelo telefone interno, a chamada da rececionista:
- Eminência, está aqui um homem na entrada que diz ser Jesus Cristo. O que é que eu faço?
O Arcebispo respondeu prontamente:
- Dê a impressão de estar muito ocupada!
Aquele mendigo, fora do seu juízo, dizia que era Jesus Cristo e era de facto Jesus Cristo na aparência confrangedora, num pequenino, simples e pobre, pois quem receber um destes pobres pequeninos a mim recebe, disso o próprio Jesus.
Mas não temos de parecer ocupados, temos mesmo é de estar ocupados para que Jesus nos convide…


domingo, 12 de janeiro de 2014

Memorial Pe. Colombo (11)

Cálice e patena

Durante este mês de janeiro encerramos as comemorações do centenário do nascimento do Pe. Ângelo Colombo (25 de janeiro de 1913 - 4 de maio de 1995).
Para assinalar esta efeméride durante este mês as Eucaristias na Capela do Colégio Missionário, por ele fundado, estão a ser celebradas com o Cálice e a Patena que lhe foi oferecido para a Missa Nova na sua terra natal.
Que este cálice seja um símbolo privilegiado do sacerdote que foi o Pe. Ângelo Colombo.
Na ordenação sacerdotal é entregue ao novo sacerdote o cálice e a patena com estas palavras:
- Recebe a oblação do povo santo a ser oferecida a Deus. Compreende o que fazes, imita o que celebras, conforma a tua vida com o ministério da Cruz do Senhor.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ungido e Enviado


5ª Feira depois da Epifania

Depois de termos acolhido a revelação dos Anjos aos Pastores, da Estrela aos Magos, de João Batista aos seus discípulos, eis que é altura de Jesus se revelar por ele próprio:
- O Espírito de Deus UNGIU-ME e ENVIOU-ME.
Jesus é o UNGIDO e o ENVIADO de Deus.

São 2 dimensões da mesma realidade:
É preciso agarrar e é preciso atirar.
Ungido quer dizer agarrado, apanhado, acolhido, segurado...
Enviado quer dizer atirado, projetado, chutado. arremessado...
Para ser atirado é preciso ser primeiro agarrado.
Só se é agarrado para se ser atirado.

A exemplo de Jesus todos nós somos também ungidos e enviados, agarrados e atirados... 
Estamos nas mãos de Deus... e isso é uma bênção para nós.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Coração endurecido


4ª Feira depois da Epifania

1ª Leitura:
Costuma-se dizer que quem não deve não teme.
Mas para São João não é isso.
Para ele o amor não casa com o temor.
E por isso quem ama não teme
e quem teme não ama.
Tenhamos confiança!

2ª Evangelho:
Os apóstolos tinham o coração endurecido...depois da multiplicação dos pães.
O coração humano endurece mais depressa do que qualquer tipo de pão.
Sejamos mansos e humildes de coração para que ele não fique endurecido.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Multiplicação da partilha


3ª Feira depois da Epifania

O milagre da multiplicação da partilha


Os pães e os peixes não se multiplicaram, simplesmente não se acabaram.
É tal a grandeza de Deus e do amor que pôs nos nossos corações, que, se queremos, o que temos nunca se acaba.
O milagre não está na multiplicação dos pães, isto é, Jesus não os multiplica antes da distribuição dos Apóstolos, senão que a sua quantidade vai aumentando durante a mesma.
Jesus pede aos discípulos que mandem as pessoas sentar-se em grupos de cinquenta. Isto significa que já não são uma multidão, mas tornam-se comunidades, alimentadas pelo pão de Deus.
Em seguida Jesus toma os pães e os peixes, eleva os olhos ao céu, recita a bênção e depois parte-os e começa a dá-los aos discípulos para que eles os distribuam...e os pães e os peixes não acabam mais!
Trata-se assim de uma partilha e não propriamente de uma multiplicação. Todos comem e ainda sobeja: é o sinal de Jesus, pão de Deus para a humanidade.
Os poucos pães confiados ao poder de Deus não só são suficientes para todos, mas chegam a sobejar…


Com a bênção de Jesus tudo o que é partilhado nunca se esgota.
Este é o milagre da cooperação humana,
 o milagre da partilha fraterna,
 o milagre da fonte inesgotável,
 o milagre do sobejo da plenitude.




domingo, 5 de janeiro de 2014

Olhar para o alto


Epifania
 
Os Magos chegaram a Belém guiados por uma estrela.
Porque uma estrela?
Porque só olhando para o alto podemos chegar até Deus.
 
Na Escola onde trabalho foi construído um presépio no hall de entrada numa plataforma por baixo do teto, por cima da cabeça de quem passa. Para descobrir o Deus Menino é preciso sempre olhar para cima. Quem passa cabisbaixo não descobre nada.
Por outro lado, por cima da porta há um grande espelho de modo que quem sai do edifício passa por baixo do presépio e vêm em frente, refletido no espelho, o presépio. Assim o Menino olha sempre de frente quem entra e quem sai.
 
É preciso olhar em frente para o alto para chegar até Jesus, tal como fizeram os Magos.
 
Por fim, os magos ao chegarem onde estava Jesus, prostraram.se diante do Menino.
De facto depois de olhar para o alto é preciso ajoelhar-se, em atitude de adoração, humildade, oração e simplicidade.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Os presentes dos Magos



EPIFANIA
 
Os presentes que os Magos ofereceram ao Menino Jesus, ouro, incenso e mirra, eram símbolos da riqueza e adoração na cultura do Médio Oriente. Assim, os Magos homenagearam Jesus Menino vindo como rei (ouro dado por Belchior vindo da Pérsia com 60 anos) como Deus (incenso dado por Gaspar vindo da Índia com 40 anos) e como homem (mirra dada por Baltasar vindo da Arábia com 20 anos).
Que símbolos escolheriam outras culturas do mundo para ofereceram ao Menino?
Quais seriam, por exemplo, os seus equivalentes dinâmicos-culturais dos africanos?
 
No Sudão, segundo a explicação de um catequista da diocese de Torit, os presentes seriam uma cabrinha como símbolo de riqueza e de realeza, uma lança como símbolo de proteção e de saúde e uma vergasta ou chicote como símbolo de poder.
Na etnia Ganda do Uganda dariam ao Menino um tambor que é símbolo de realeza e de autoridade, uma lança que é símbolo de proteção e de defesa  do povo e um vestido de casca de árvores que é o que se usa na investidura de um rei.
Na etnia Kuria na Tanzânia e Quénia dariam uma cabrinha para a sua mãe, farinha para alimentar o bebé e azeite para ungi-lo. De facto, na tradição africana é muito importante presentear a mãe.
(Cf. Towards na African Narrative Teholoy, pag. 97)
 
É caso para concluir que os africanos são mais práticos.
 
E nós?! Que presentes queremos dar ao Menino?


 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Natal (36)



Natal de Paul Claudel

Na fria manhã do dia 25 de dezembro de 1886, um jovem de 18 anos, que depressa iria tornar-se grande poeta e dramaturgo, dirigiu-se à catedral de Notre Dame de Paris. Tinha feito, quando garoto, a primeira comunhão, mas também tinha sido a última. O mundo para ele não era mais do que uma imensa engrenagem material sem coração e sem rumo… E os pobres seres humanos? Nascem sem terem pedido, disfrutam somente aqueles que podem, e todos sofrem…
Assim pensava o jovem Paul Claudel, aprendiz de escritor, enquanto caminhava triste para a catedral., numa húmida manhã de Natal. Buscava um tema para escrever, um motivo inspirador. Mas quem sabe o que procurava? Tinha lido há pouco as iluminações do poeta Rimbaud que lhe provocara um profundo sentimento, quase físico, da Presença Sobrenatural. Há pouco tempo também tinha morrido o seu avô, depois de longos meses com um doloroso cancro de estômago e desde então, a angústia e a obsessão da morte não o abandonavam.
Acompanhou a missa sem muito interesse. Pela tarde, ‘não tendo nada melhor para fazer’ segundo o que ele mesmo nos conta, voltou à catedral para assistir ao ofício das Vésperas. Estava de pé, entre a multidão, junto à segunda coluna do lado da sacristia. Tarde cinzenta de Natal em Paris. Tarde obscura do coração numa catedral toda iluminada. De repente, o coro dos meninos, vestidos de roquetes bancos, entoou o Magnificat, que ele não conhecia: o canto de Maria, mãe de Jesus, o canto dos pobres, o salmo dos humildes, o hino da Vida e da Misericórdia.
“Então produziu-se o acontecimento que domina toda a minha vida. Num instante, o meu coração foi tocado e acreditei. Tive de repente o sentimento penetrante da inocência, da terna infância de Deus.” Uma revelação inefável! E começou a chorar. E enquanto o coro dos meninos cantava  o Adeste fideles, continuou a chorar sem parar. E quanto mais chorava mais se consolava.
E nasceu assim, um novo discípulo do Deus Menino.
Isso é Natal: todas as penas do mundo transformam-se em lágrimas de consolo, em lágrimas de compaixão, até que as lágrimas transformem todo o mundo. Isto é o essencial e tudo o mais não passa de imagens e palavras. Quando as imagens são belas e as palavras inspiradas, convertem-se em chamas de luz e de calor, em poemas que iluminam a noite…
Era aquilo mesmo que o jovem poeta tinha pressentido, meses atrás, nos versos de Rimbaud. Mas agora revelava-se na sua forma cristã mais bela: os ritos, os cânticos, os relatos do Nascimento, Jesus, Maria, os anjos, os pastores, Belém… Deus fez-se carne de Menino, carne da nossa carne. Deus é carne humana. Natal é a infância eterna de Deus.
Isto é Natal: acolher e viver a eterna infância ou a bondade eterna de Deus em todas as circunstâncias da vida.

(adaptado de José Arregi)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Natal (35)


Concurso de Presépios
 
Foi organizado um concurso de presépios e fui convidado a fazer parte do júri para a escolha do vencedor.
Alguém fez uma declaração de voto:
- Este presépio é original ou criativo, tem elementos naturais etc. etc. mas tem um defeito: a gruta está rente ao chão de modo que não se consegue ver as suas figuras...
- Precisamente por isso - atalhei eu - é o que tem o meu voto, porque a melhor posição para contemplar o presépio é ... de joelhos!
É verdade. O presépio só pode ser admirado com humildade e em espírito de oração, e por isso de joelhos. Se o presépio não me faz ajoelhar e rezar com humildade, devoção e simplicidade não está a cumprir a sua missão.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Memorando


Lembra-te, irmão, que tens neste novo ano:
 
Um Deus para glorificar
Um Cristo para imitar
Um anjo para honrar
A Virgem e os santos a quem rogar
Uma alma para salvar
Um corpo para sacrificar
Pecados para expirar
Virtudes para praticar
Um tempo para aproveitar
O próximo para ajudar
Demónios para combater
Paixões para dominar
O inferno para evitar
O paraíso para ganhar
A eternidade para viver
E talvez a morte para passar
E muitas contas para prestar
... ... ...

De joelhos


Formulamos votos de boas entradas no ano novo:
- Entrar com o pé direito para dar sorte...
- Eu prefiro entrar com os dois pés para ir mais longe...
- E eu quero entrar no novo ano de joelhos para receber as melhores bênçãos de Deus...

Tendo terminado um ano tenho muito que agradecer...
Mesmo no meio de uma crise económica e financeira, mesmo rodeado de tanto desemprego, mesmo sem desfrutar do melhor conforto... eu tenho tanta coisa para agradecer.
Sou feliz porque tenho tantas maravilhas.

Assim como havia as 7 maravilhas do mundo antigo:
Os jardins suspensos da Babilónia
As Pirâmides de Gizé
A Estátua de Zeus
O Templo de Ártemis
O Mausoléu de Halicarnasso
O Colosso de Rodes
O Farol da Alexandria
                      eu também tenho 7 maravilhas,

Assim como temos as 7 maravilhas do mundo moderno:
A Muralha da China
Petra na Jordânia
Cristo Redentor no Brasil
Machu Piccu no Perú
Chichén Itza no México
O Coliseu de Roma na Itália
Taj Mahal na Índia
                      eu também tenho 7 maravilhas.

Quais são as minhas 7 maravilhas?
 
Poder ver
Poder ouvir
Poder tocar
Poder provar
Poder sentir
Poder sorrir
Poder amar.

É por isso que enho muito que agradecer por tantas maravilhas!