4ª Feira - VII Semana Comum
Jesus falou:
- Não proinais ninguém de fazer o bem; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós.
Isto quer dizer que não há neutralidade possível.
Diante de Jesus tomamos sempre uma posição: ou sim ou não.
Podemos mostrar-lhe a nossa adesão de várias maneiras:
- Ou por meio de palavras, que são sempre limitadas.
- Ou através de obras, de acções ou gestos.
- Ou através de uma pertença ou de uma participação.
Não há indiferença ou neutralidade possível.
Escreveu assim o Pe. Leão Dehon, na
Crónica do Sudeste, nº 6, em junho 1901:
"Eu gosto de Dante, mas com
reserva. Ele é demasiado gibelino, demasiado carregado de cesarismo, demasiado
severo para com os Papas e para com a França. Tem no entanto páginas soberbas,
sobretudo aquelas sobre os neutros.
Chama neutros às pessoas inertes,
mornas, aquelas que nem são boas nem más, nem carne nem peixe; aquelas que nem
agem nem lutam nem por Deus nem pelo diabo.
Cristo disse no Apocalipse que
repugnam-Lhe e dão-Lhe náuseas os que nem são quentes nem frios.
Dante teve uma ideia de génio.
Acha que estas pessoas não merecem nem o céu nem o inferno. Eles nem são tão
distintos no mal, nem tão corajosos no bem. Ninguém quer reconhecê-los como
seus, nem Deus nem Lúcifer. Os demónios rejeitam-nos como também os anjos. Era
preciso criar um descanso à parte. Dante coloca-os no ADRO DO INFERNO. Eles são
a escória da criação…
No nosso tempo, como no de Dante,
para estes neutros só há desprezo.
É preciso acreditar e agir.
Sejamos dedicados e práticos, como Joana d’Arc… Não podemos ser neutros…"
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