Ano A - II Domingo Quaresma
Mt 17, 1-9
“Jesus tomou conSigo Pedro, Tiago e João
e levou-os, em particular,
a um alto monte
e transfigurou-Se diante deles”.
Após três anos de seguimento de Cristo, os apóstolos encontravam-se ainda impermeáveis à sua mensagem. Quanto mais sermões escutavam menos se impressionavam. Viam tantas boas obras, mas não se sentiam contagiados.
Então Jesus julgou impossível continuar assim. Tomou alguns discípulos à parte, levou-os para longe das multidões, no meio das quais se julgavam importantes. Conduziu-os para um lugar retirado, para um sítio calmo e solitário. Lá se acalmaram, se recolheram e começaram a ver claro. Despojaram-se das suas ambições e a sós com Jesus, sentiram a radiação da sua influência. Tornaram-se atentos, começaram a escutá-l’O como nunca tinham feito e a sentir a sua presença como nunca tinham notado.
Os discípulos sentiram-se então tão bem que desejaram aí ficar para sempre. Era bom ficar por ali e instalar a sua tenda. Não tinham sido grandes entusiastas da subida, mas notaram que a estadia fora muito curta. Queriam prolongá-la. Tinham gostado do retiro.
O tempo da Quaresma é a oportunidade para cada cristão sair da rotina, converter-se, renovar-se, isto é, mudar de vida. Para isso é preciso passar pelo deserto, retirar-se para se encontrar consigo mesmo e estar em condições de se aproximar dos outros e do Outro, de Deus. Onde quer que esteja, pode fazer o seu retiro ou caminhada quaresmal para chegar à glória da Ressurreição e deixar-se envolver por essa vida nova.
E como é que hoje se pode fazer retiro?
Vive-se um retiro da mesma forma que se escreve.
Retiro escreve-se assim:
R de Recolhimento
E de Escuta
T de Transformação
I de Igreja
R de Reflexão
O de Oração.
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