Memória de Santa Beatriz da Silva, + 1490,
Religiosa e Fundadora
Nasceu em Campo Maior, no Alentejo. Pertencia à mais alta nobreza de Portugal, sendo aparentada com a própria Família Real.
Ainda jovem, acompanhou como dama de honra
sua prima D. Isabel, Infanta portuguesa que partiu para Castela a fim de se
casar com o rei daquela nação, João II.
Na Corte castelhana, a beleza deslumbrante de
Beatriz logo atraiu para ela todas as atenções e a nova rainha, com ciúmes,
concebeu o propósito de matá-la. Para isso prendeu-a numa arca sem ventilação.
Dias depois, abriu a arca esperando encontrar um cadáver, mas achou Santa
Beatriz viva e em perfeita saúde. A Santíssima Virgem aparecera-lhe durante a prisão
e fizera-lhe companhia, preservando miraculosamente sua vida e incumbindo-a de
fundar uma Ordem religiosa destinada a venerar a Imaculada Conceição.
A rainha arrependeu-se da sua maldade e autorizou Beatriz a retirar-se para um
convento dominicano, em Toledo, onde viveu mais de 30 anos, não como religiosa,
mas como pensionista, à espera da hora em que pudesse realizar a fundação.
Já idosa, recebeu certo dia a visita da rainha Isabel, a Católica, filha
daquela que tentara matá-la. Auxiliada por Isabel, fundou a Ordem das
Concepcionistas.
Antes de comparecer diante de Deus, Beatriz
recebeu o hábito branco e azul, como Nossa Senhora lhe havia prometido, e fez a
sua profissão religiosa nas mãos de um sacerdote franciscano, morrendo como uma
verdadeira Concepcionista. A Fundadora faleceu dia 17 de agosto de 1490, aos 66
anos de idade, em Toledo, onde jazem as suas relíquias (cf. evangelhoquotidiano.org).
Desde que se afastou da Corte, Beatriz havia
adotado o costume de conservar sempre o rosto velado, para evitar que sua
beleza fosse ocasião de pecado. No leito de morte, quando lhe foi ministrada a
Santa Unção, descobriram-lhe o rosto e, para grande surpresa, constatou-se que
ela, embora tivesse mais de 60 anos de idade, tinha conservado a mesma
fisionomia de jovem. Deus quis, por esse milagre, mostrar como Lhe era
agradável a ilibada pureza de Santa Beatriz.
Conclusão:
É a alegria do coração que dá
beleza ao rosto.
Não a beleza do rosto que dá alegria ao
coração.
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