Festa das Cinco Chagas do Senhor
Olhando para o brasão e para a bandeira de
Portugal vemos cinco escudos azuis, cada um com cinco besantes brancos (moedas antigas que lembram aquelas 30 pelas quais foi Jesus vendido).
Esses escudos ou quinas representam as cinco chagas de Cristo.
Alguns santos trouxeram no seu corpo os
estigmas ou as cinco chagas do Senhor.
Portugal, na sua bandeira, lembra que é um
povo inteiro quem traz esses mesmos estigmas ou as cinco chagas de Cristo.
Os
estigmas são chagas que surgem nos corpos de algumas pessoas, as quais tem uma relação especial com a crucifixão de Nosso Senhor. Eles podem ser
visíveis ou invisíveis, permanentes ou transitórias, aparecer simultânea ou
sucessivamente. Ao longo da história da Igreja cerca de 300 pessoas receberam
os estigmas, dessas, cerca de 60 foram canonizadas. O
primeiro estigmatizado de que se tem notícia foi São Francisco de Assis que,
no dia 17 de dezembro de 1224, recebeu esses sinais. O
mais famoso da história recente certamente é São Pio de Pietralcina que morreu em 1968 e foi canonizado em 2002. Na
história dos santos existem aqueles chamados "almas vítimas", pessoas
que se oferecem a Cristo com uma amor tão ardente que desejam configurar-se com Cristo Crucificado. Cristo completa na nossa carne, como diz São
Paulo, aquilo que falta aos seus sofrimentos, não que sejam incompletos, mas
Ele quer a participação de pessoas generosas que se oferecem a Ele.
Unidos
a todos os estigmatizados rezamos hoje de modo particular a oração tradicional
atribuída a Santo Inácio:
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das Vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
para que Vos louve com os Vossos Santos,
por todos os séculos.
Ámen.
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