quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dia de Reis

6 de Janeiro

Da Tradição:
A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata:
Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus.
Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio.
E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspeccionar”,
Melchior quer dizer: “Meu Rei é Luz”,
e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Do Pe. António Vieira:
“Perguntam aqui os intérpretes porque mandou Cristo aos Magos uma estrela, e não um anjo ou um profeta?
Os profetas são os embaixadores ordinários de Deus: os anjos os extraordinários, e tal era esta embaixada.
Por que não mandou logo Cristo aos Magos um anjo ou um profeta, senão uma estrela?
A razão foi – dizem todos – porque era conveniente que aos Magos se enviasse um embaixador que lhes falasse na sua própria língua.
Os Magos eram astrólogos: a língua por ande os astrólogos entendem o que diz o céu são as estrelas, e tal era essa mesma estrela, à qual chama Santo Agostinho língua do céu: pois vá uma estrela aos Magos, para que ela lhes fale na língua que eles entendem.” (Sermão da Epifania, 1662)

Do P. Dehon:
“Temos maior facilidade do que os Magos para encontrar Nosso Senhor e para conhecer a sua divina vontade. Ele está sempre perto de nós na Santa Eucaristia.” (ACJ 1, Pág. 30)

O Ouro, o incenso e a mirra simbolizam o amor, a oração e o sacrifício.” (CA, Pág. 85)

“O ouro, instrumento da caridade, o ouro, brilhante como o fogo, simboliza o amor;
o incenso, que se eleva para o céu com um agradável odor, simboliza a oração;
a mirra, perfume das sepulturas, simboliza o sacrifício.
Estes são símbolos do dom por excelência, o Coração de Jesus. Como todas as ofertas sagradas e os sacrifícios da antiga lei, são figuras do único sacrifício que é o Coração de Jesus.
Jesus oferece constantemente sobre este mesmo Coração que é um verdadeiro turíbulo de ouro,
o incenso da sua oração, do seu louvor, da sua acção de graças.
Ele oferece-lhe a mirra dos seus sacrifícios, das suas imolações, dos seus aniquilamentos.” (CA, Pág. 85)

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