Ano B – XV domingo comum
Hoje
recordei aos cristãos com quem celebrei a eucaristia que a exemplo do Profeta
Amós todos nós somos profetas.
Qualquer
batizado foi declarado profeta.
Ser
profeta é falar de Deus aos homens e falar dos homens a Deus.
E
dizia-lhes que não é preciso muitos estudos para fazer isso, nem saber ler,
escrever ou falar bem para ser profeta. Pequeno ou grande, sábio ou simples
cada um pode falar de Deus.
Nem
é preciso abrir a boca, basta uma atitude, um gesto, um aceno para falar de
Deus.
Dei
então o exemplo de alguns amigos meus na Madeira, que ao passarem à frente da
igreja benzem-se. Estão assim a falar de Deus a quem está a ver. Ao passarem de
carro, a pé, sós ou acompanhados fazem esse sinal. Alguns até param e recolhem-se
em oração sem terem necessidade de entrar no templo e assim lembram-se a si
mesmo que passam ali como cristãos, como batizados que recebem a bênção de
Deus.
Estes
estão a falar de Deus ao próximo e estão falar do próximo a Deus.
Tentei
convencer aqueles cristãos a fazerem o mesmo.
Qual
não foi o meu espanto, quando no final da celebração o grupo coral que animou a
missa veio convidar-me a acompanhá-lo pelo bairro a cantar os mesmos cânticos…
para falarem de Deus aos homens.
De
facto, ao ouvirem os cânticos dos cristãos junto das suas casas, todos se
aproximavam e se questionavam… e recebiam assim, sem esperarem, uma lição de
Deus.
Obrigado
a quem levou a sério a minha pregação dando assim uma lição ao padre e a todos os
seus irmãos do Marco 25, uma comuna mesmo junto à fronteira com a R D do Congo
e com a Zâmbia, a 65 quilómetros do Luau.
Ninguém
poderá dizer que hoje já não há profetas para falar de Deus aos homens ou falar
dos homens a Deus.
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