Ao
assinalarmos a data da morte do Pe. Dehon (12 de agosto de 1925) podemos dar-lhe a palavra para que
possa partilhar a sua visão e o seu exemplo de como se pode viver, envelhecer e
morrer com dignidade e santidade. Será uma boa oportunidade para reflectir
sobre o tema do Ano Europeu 2012.
Aos
31 anos
"O
meio de morrer bem, é viver bem" (NHV, volume VI, Janeiro 1874 – Dezembro 1876,
Pág. 179).
Aos
38 anos
"O
descanso não é cá nesta terra" (CF, 18 de Abril de 1881).
Aos
53 anos
"Eu
fiz uma conferência para 800 homens em Nimes e uma conferência no Seminário.
Creio dar suficientemente exemplo de trabalho" (Carta ao Pe. Falleur,
07/12/1896, Inv. 292.48, AD: B20/3.1).
Aos
67 anos
"A
vida é curta e a eternidade é longa. Preparemo-nos" (Carta a um confrade,
02/03/1910, Inv. 122.12, AD: B16/6bis.12).
Aos
72 anos
"A
Velhice veio. Fiat! Tudo está bem quando Deus o quer. Duas comunidades pedem-me
para lhes pregar o retiro… Eu já não posso. Não posso mais pregar retiros em
que é preciso falar quatro vezes ao dia durante uma semana! É penoso ser
obrigado a recusar o exercício do apostolado. Eu desejo tanto trabalhar pelo
Reino de Nosso Senhor! Resta-me santificar-me no recolhimento e completar a
organização da minha Congregação, preparando o Capítulo Geral" (NQ 1915
-1145/31). "A minha vida não será muito longa… As enfermidades da velhice são uma
advertência diária. Todos os órgãos falham. É como um navio avariado que se
afundará num destes dias" (NQ 1915 – 52/39).
Aos
76 anos
"Apesar
dos meus 76 anos ainda não caio no desencorajamento" (Carta ao Bispo Grison,
20/04/1919, Inv. 503.13, AD: B24/9-A).
Aos
77 anos
"Aproximo-me
dos meus setenta e oito anos! … Termino o ano com a oração pela boa morte:
Senhor meu Deus, a partir de hoje, eu aceito da vossa mão de bom grado e com
toda a justiça, o género de morte que Vos aprouver de me mandar, com todas as
suas dores, todas as suas penas e todas as suas angústias” (NQ 1920-132/43).
Aos
80 nos
"Estou
nos últimos capítulos da minha vida e no vestíbulo do céu. Eu penso em todos os
que irei ver brevemente: Jesus e Maria, São José, São João Baptista, São
Miguel, São João Evangelista, todos os anjos, sobretudo os meus anjos da
guarda; todos os santos, sobretudo os meus santos Patronos e os que honrei
particularmente; e tantos parentes, amigos, directores espirituais, confrades…"(NQ
1924-103/44).
Aos
81 anos
"É
o último caderno e pode ser o último ano. Fiat!... A minha carreira termina: é
o crepúsculo da minha vida. Eu saio todos os dias; no caminho leio o meu
pequeno livro “Monita ad Sacerdotes”. Fazendo isto sou como São Francisco: Eu
prego sem palavras" (NQ 1925-1/45).
Aos
82 anos
"Eis
que completo os meus 82 anos! Obrigado, minha divina Mãe! Obrigado, meu bom
Anjo! Não sei tudo quanto vos devo. Sabê-lo-ei lá no alto. Que fiz eu nestes 82
anos? Não fiz grande coisa de bom. Multiplico as minhas reparações; repito o
meu arrependimento e tenho confiança cima de tudo na misericórdia do Salvador" (NQ
1925-43/45).
CONCLUSÃO
"Os
santos nunca envelhecem" (Conferência aos Jovens, inventário 38.09, AD: B6/5.9).
É
por isso que a mensagem do Pe. Dehon nunca está fora de moda, apesar dele já
ter morrido há 87 anos.
É
por isso que os santos não estiveram parados na terra nem estão parados no céu,
pois continuam a intervir.
E
é por isso também que todos nós, independentemente da nossa idade ou condição,
temos sempre algo a fazer em benefício dos nossos irmãos e para glória de Deus.
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